Os meninos do sisal que brilharam na Colômbia com o biocimento
Confira coluna de Levi Vasconcelos deste domingo, 5

Na briga para melhorar os índices educacionais baianos, a secretária Rowenna Brito (Educação) celebrou esta semana dois fatos:
1-O lançamento do Movimento Bahia pela Educação, iniciativa da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), com governos,prefeituras e outros órgãos para ampliar de 36% para 80%o número de alunos matriculados na idade certa.
2 - A vitória dos estudantes Tiago Santos Ferreira, Eduarda Meirelles, Guilherme Paiva e Felipe Macedo, do Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal,que conquistaram o primeiro lugar na Feira Internacional de Ciência, Tecnologia e Inovación em Valledupar, na Colômbia.
Segundo Rowenna, são fatos emblemáticos, ambos momentos historicamente signficativos: “Na Fieb,o empresariado comprometido com a educação com um engajamento dos prefeitos, sob a liderança de Wilson Cardoso (PSB), da UPB, nunca visto. E com os estudantes a prova de que nós podemos sim, fazer uma educação com um pé na investigação científica”.
E o que os estudantes do sisal fizeram? Entre outros trabalhos, a estrela foi a mistura de fibras de sisal e coco com tiras de papel que resultaram no biocimento, um produto que dá o mesmo efeito do cimento nas calçadas, mas ecologicamente correto.
Os estudantes, sob a batuta do professor Thales Nascimento, botaram no mundo e já receberam um passaporte para participar da Feira Científica de Dubai, nos Emirados Árabes, e também o pé na estrada no rumo de uma tendência regional.
Isso acontece justo no momento em que o Senai Cimatec, a joia científica da Fieb, uma das mais respeitadas do Brasil, implementa na região, mais especificamente em Conceição do Coité, o Senai Cimatec do Sertão, que pretende dar outra cara à exploração do sisal. Diz Hélio Carneiro, arauto cultural do sisal, que a região vive o alvorecer de um tempo novo. E é assim que tudo vem se conjugando.
Ana Rita quer saber quem vai tratar cães e gatos com respeito
Aos 63 anos, a advogada Ana Rita Tavares é funcionária concursada do TCE, já fez algumas incursões acadêmicas e foi duas vezes vereadora em Salvador como um dos arautos da causa animal,hoje está um pouco afastada política, mas não dos animais.
Ela toma conta de dois espaços em Simões Filho e Abrantes onde abriga 609 cães e gatos e pede um olhar mais abrangente para bichos. De política, hoje, só quer isso. – Só apoio quem apoia a causa animal, mas apoiar de verdade, entendendo que eles merecem todo o nosso respeito e carinho.
Ela fala isso justo no momento que na região dos cães cães na rua entraram na mira de produtores, que se queixam da morte de 100 mil bois, cabras e ovelhas.
Alan Sanches diz que vai bem no rumo a Brasília
Com seis mandatos de vereador, em Salvador, e quatro de deputado estadual, o médico Alan Sanches (UB) agora vai tentar mudar. Revelou que a decisão do ministro Luiz Fux, que deixou a revisão do número de cadeiras na Câmara Federal conforme a população (a Bahia cairia de 39 vagas para 37), nada lhe disse em particular.
– O jogo é igual para todos, se mudasse, mudaria para o conjunto. Mas, é claro que eu prefiro o número maior de vagas. Alan disse, também, que não teme encarar a batalha nestes tempos de emendas gordas que jorram dos atuais deputados federais.
– Reconheço, mas confio em minha história.
POLÍTICA COM VATAPÁ
Descaradais
Conta Marival Guedes, arauto da cultura de Itabuna, que Fernando Barreto, 1º vice-prefeito da cidade a assumir a prefeitura, em 1982, quando Fernando Gomes foi candidato a deputado federal, era filho de Nicodemos Barreto, coronel do cacau, que resolveu botar o menino para estudar no Rio, cursar o 2º grau.
Fernando mergulhou de corpo e alma nas noitadas cariocas, foi tão fundo que lá um dia o dinheiro ficou curto, mandou pedir mais, dizendo que ia cursar francês.
Fim de ano, veio rever a família, o pai todo orgulhoso reuniu a nata da sociedade itabunense num festão, na fazenda Progresso. O pai pediu que ele cumprimentasse os presentes em francês. Fernando pigarreou e soltou:
– Papá, passá o arrozá...
E o pai teria respondido:
– Isso é lá francês, descarado!
Mas, o historiador popular Nilton Ramos, o Nilton Jega Preta, presente no ato, diz que a reação foi outra:
– Molecais descaradais, gastais meu dinheirais, para lá não voltarais, pegarais na enxadais.
*Colaborou Marcos Vinicius.
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