Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > LEVI VASCONCELOS
COLUNA

Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 26 de fevereiro de 2022 às 6:00 h | Autor:

Otto bate pé: ‘Não sou candidato a governador. Quero é o Senado'

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Otto: candidatura ao  governo não está no projeto
Otto: candidatura ao governo não está no projeto -

Embora se dê como líquido e certo que o cabeça da chapa governista é o senador Otto Alencar, está tudo indicando que faltou combinar com a torcida, no caso, ele. É categórico ao descartar:

- Simplesmente isso não está em meu projeto de vida.

Vou completar 75 anos agora em agosto, tenho dito e repito: eu quero é o Senado.

Ele diz que não conversou com nenhum partido da base aliada do governo, nem PP, nem PSB, nem PCdoB, nem PT e nem nenhum outro:

- Sabe por que eu não conversei? Porque não sou candidato ao governo. Não me preparei para isso.

O preço - Otto fechou o papo aí, mas a amigos tem dito que se preparar para isso significa também forrar o caixa para aguentar o tranco de tornar-se o desaguadouro natural das cobranças de sete partidos da base aliada.

Ele já foi ‘sondado’, mas desde sempre está com o mesmo discurso. Para além do intenso desgaste que o cargo de governador impõe, com agenda pesada todo dia o dia todo, ainda tem o lado da grana. Correr atrás seria uma agonia. Ou arriscar-se numa velhice endividada.

Avaliação política nem fez, inclusa aí as reações de petistas. De ter sido carlista, assume. Diz que só fez pacto de aliança com o PT depois que ACM morreu.

Em suma, da trajetória, nada a corrigir. Do futuro, o Senado é um bom lugar, ou a porta do céu, como dizem. E o governo é fonte de agonia.

E vai rolar a federação PSB-PT? Lídice vê cenário ainda confuso

Federação de partido, um dispositivo novo da lei, é algo nunca visto na história do Brasil. Os partidos que a integram são obrigados a fechar aliança no Brasil de ponta a ponta. E é exatamente nisso que pega a formação da federação entre PT, PSB, PV e PCdoB.

O bicho pega entre os dois primeiros. Segundo a deputada Lídice da Mata, presidente do PSB na Bahia, além de ajustes estaduais complicados como em São Paulo e Pernambuco, há também a questão da governança.

- Fechada federação com a configuração de mandatos atual, o PT ficaria com 55%, muito hegemônico. Um dos desafios é encontrar mecanismos de equilíbrio.

Outra questão: a federação vale para 2024?

- Nós sabemos que no Brasil cada eleição tem uma nova legislação, mas temos que trabalhar com base na legislação atual. É mais um complicador.

União e MDB, sem acordo

Também correm em Brasília negociações para fazer a federação entre o PSDB e o MDB. Se emplacar, afeta o painel baiano, onde os emedebistas inclinam-se por fechar com o governo e os tucanos são fechados com ACM Neto.

Cogitou-se também uma federação que inclui os dois e mais o União Brasil, que resulta da fusão entre o PSC de Luciano Bivar e o DEM de ACM Neto.

Ontem, a ideia com o União foi descartada.

Bebeto, torcedor número 1 da candidatura de Wagner

Duas vezes deputado federal, hoje vice-prefeito de Ilhéus, sua terra, Adalberto Galvão, o Bebeto (PSB), é um dos olhares mais atentos aos movimentos da política estadual. Quando a cotação de Wagner como candidato ao governo era única, virou o grande torcedor. Quando surgiu o nome de Otto, ele, que já era chamado de ‘senador’ nas rodas de amigos, esfriou.

O vai e vem dos anseios de Bebeto tem uma explicação simples. Além de vice-prefeito, ele também é o primeiro suplente de Jaques Wagner no Senado. Ou seja, Wagner governador, ele ganharia quatro anos de mandato de senador sem delongas.

Com Otto no governo ainda teria a chance de assumir se Wagner virar ministro. Atualmente a cotação está meeira.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Os opostos

Contam nos meios petistas que certa vez Walter Pinheiro, então senador, estava para viajar num avião teco-teco de Jacobina para Salvador junto com o deputado federal Afonso Florence.

Já era fim de tarde e estava chovendo, Florence olhou os lados, sugeriu:

- Acho melhor nós adiarmos esse voo.

Pinheiro rebateu:

- Levanta voo. Está tudo tranquilo.

- Mas Pinheiro, está pingando dentro do avião!

- Pingueira só é problema dentro de submarino, em avião é problema zero.

Florence falou forte:

- Pinheiro, você é evangélico e acredita em Deus, e eu sou ateu! Não acredito nas suas opiniões.

Fizeram um acordo, esperar um pouco. Esperaram, a chuva passou, voaram e chegaram em Salvador

na mais absoluta paz.

Mas os presentes dizem que o acordo acabou aí. Pinheiro acha que houve interferência divina para tudo correr bem e Florence acha que foi precavido.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco