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COLUNA

Levi Vasconcelos

Por [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 03 de outubro de 2020 às 6:03 h | Autor:

Pelo tom do primeiro debate, o jogo vai ser todos contra Bruno

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Candidatos no estúdio da Band para primeiro debate | Foto: Ulisses Dumas | Band Bahia | Divulgação
Candidatos no estúdio da Band para primeiro debate | Foto: Ulisses Dumas | Band Bahia | Divulgação -

Pelo tom do primeiro debate anteontem na Band a reza vai ser tipo todos contra Bruno. Poderia se dizer também que no contraponto tem Hilton Coelho (PSOL) contra todos. Mas Bruno Reis mostrou estar preparado: em todos os casos abordados mostrou o que a atual gestão vem fazendo e o que fará. Deixou claro que é a continuidade de ACM Neto. Ou seja, encarou o continuísmo.

Lógico que nos debates na tevê, a Aratu, a Record e a Bahia farão os delas, o tratamento em termos de tempo é isonômico, igual para todos. Na propaganda do rádio e tevê os tempos variam, alguns com mais, outros quase nenhum, e isso faz grande diferença. Esse lado do jogo começa amanhã.

Major Denice — Olívia Santana (PCdoB), desenvolta, encarnando a questão da negritude, já é tarimbada na tevê. Major Denice (PT), a cristã nova da festa, também negra, arauto da Lei Maria da Penha, tendo outra mulher, a deputada Fabíola Mansur (PSB) como vice, tende a crescer. Tem desenvoltura e discurso.

E Sargento Isidório (Avante) mostrou que só é maluco de conveniência. Abordado sobre o carnaval, deu a resposta sensata: ‘Serei prefeito de todos, com suas crenças e seus credos, não apenas dos evangélicos’.

O grosso do jogo fica por aí. Celsino e Hilton no rádio e na tevê encolhem. Aliás, outro detalhe: Celsinho disse que se eleito dará visibilidade a bairros como Baixa Quintas, Liberdade, Periperi e São Caetano. Por enquanto, é o inverso: é ele quem precisa de mais visibilidade lá.

Alba vai ver emergências

Se em tempos normais a Assembleia esvazia em períodos eleitorais como o atual, imagine com atividades bastante restritas por conta da pandemia.

Mas nos próximos dias, apesar da campanha, em que todos os deputados têm aliados no jogo, ela vai ter que se reunir. A questão: alguns decretos de emergência por conta da pandemia estão se esgotando e outros, por conta da seca, estão chegando. E o orçamento 2021 está aí.

O renascer

do Paraguaçu

Fausto Franco, secretário de Turismo da Bahia, assina hoje protocolo de intenções para a construção de uma rota navegável entre Barra do Paraguaçu, na desembocadura do rio Paraguaçu, em Salinas da Margarida, até Cachoeira.

No Brasil Colônia, em que o grosso da economia se movia de barco e navio, a área era intensamente povoada. O projeto de Fausto segue o Prodetur, que prevê um terminal turístico lá.

Novo cenário em Coaraci

Lembra do caso de Kadu Castro, que aos 39 anos morreu de Covid às vésperas de ser consagrado candidato a prefeito de Coaraci?

A morte dele desmontou tudo na oposição ao prefeito Jadson Albano (PP), que tenta a reeleição: o vice Nino Torquato (PDT) não aceitou ficar na chapa com a mãe de Kadu, Josefina Castro (PT), que já foi prefeita duas vezes, e se lançou. Ela tem como vice o Sargento Luciano (Republicanos). Lá tem cinco candidatos.

Rosemberg entre Marão e Kaká no rolo do PT-Ilhéus

Líder do governo na Assembleia, o deputado Rosemberg Pinto (PT) foi ontem a Ilhéus e deslizou como quiabo sobre quem ele está apoiando na briga pela prefeitura lá entre o prefeito Marão (PSD) e Cacá Colchões (PP).

O caso é que Rosemberg tem como aliado lá Nilton Cruz, que era candidato a prefeito do PT, mas, na reta de chegada, sobrou. O partido acabou indicando Everaldo Anunciação como vice de Cacá; Nilton não gostou, ficou Marão; o PT rachou, metade foi para cada lado.

Alguém perguntou: e aí deputado, o senhor está com Cacá ou com Marão?

– Estou com Marão seguindo Nilton, a minha liderança, e estou com o vice de Cacá.

Gargalhadas. Na prática, lavou as mãos.

POLÍTICA

COM VATAPÁ

Pai e filho

Conta o jornalista Jeremias Macário, a memória viva de Vitória da Conquista e cercanias, que em 1962 José Pedral Sampaio, representando os progressistas, e Jesus Gomes dos Santos, os coronelistas, travavam fervorosa briga na disputa pela prefeitura.

Os jornais locais bradavam as manchetes: “Pedral crucifica Jesus”, ou “Discípulos abandonam Jesus”, ou ainda “Jesus é traído na ceia”.

Padre Palmeira, figura de proa na política local, sempre espirituoso, integrava o time da ‘esquerda subversiva’, como diziam os aliados de Jesus.

E lá um dia alguém o abordou num evento:

– Padre, o senhor é contra ou a favor de Jesus?

– Estou com o pai, José.

José Pedral ganhou com larga margem, mas foi cassado pela ditadura militar em março de 1964.

Os aliados de Jesus, apoiadores do golpe, saíram às ruas bradando que foi castigo dos céus por terem votado contra Jesus. Não de agora tem gente que se acha dono de Deus.

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