Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > LEVI VASCONCELOS
COLUNA

Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 10 de março de 2019 às 13:48 h | Autor:

Por que abacaxi, pepino e laranja viraram coisas ruins no populacho?

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

A pergunta aí, instigante, ressalte-se, nos foi feita pelo leitor Jean Ventura Silva, lá de Feira de Santana. E a resposta precisa não há, pelo menos no caso da laranja.

São metáforas, segundo os nossos linguistas.

Tudo sobre Levi Vasconcelos em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

Nos casos do abacaxi e do pepino, são metáforas para explicitar problemas, tipo estou com um abacaxi, ou com um pepino.

O abacaxi, fruto bastante saboroso, é por ser difícil de descascar. O pepino, um legume classificado como fruto pela botânica, muito usado em saladas, é por ser difícil de digerir. E a laranja: é aí que a injustiça se configura com mais força.

Unissex - A laranja emerge na cena como sinônimo de testa de ferro, alguém que empresta o nome para guardar dinheiro de origem ilícita, geralmente da corrupção, ocultando o verdadeiro dono, expressão muito usada no jargão policial, popularizada com a Lava Jato.

E de onde saiu isso, se a laranja é fruta fartamente usada e apreciada?

Ninguém sabe. A versão, se não a mais aceita a mais suspeita, é a de que nos países em que as bebidas alcoólicas são proibidas, como o Irã, alguns injetavam uísque nas laranjas para driblar os fiscais do governo.

Se é injusto associar a laranja ao crime, mais injusto ainda é dizer que laranjas, nas atividades criminosas, são coisa só de mulheres, como pretendem alguns. Ela é unissex.

Um mistério em Itaberaba

E por falar em laranjas, as eleições do ano passado produziram um mistério em Itaberaba. Zé Raimundo, líder político lá, daqueles que em todas as eleições se candidatam a alguma coisa, nunca chega a nada, mas sempre insiste, recebeu

R$ 100 do MDB como candidato a deputado federal.

O detalhe é que dos 503 federais de 2018 na Bahia 25 não tiveram um voto sequer. Zé Raimundo é um. Nem ele mesmo votou nele.

CBPM está com Tramm

Alexandre Brust passou ontem o comando da Companhia Bahiana de Pesquisas Minerais (CBPM) para Antonio Carlos Tramm.

Tem a missão de tocar adiante um projeto que já vem bem, com o detalhe: a ideia do governo baiano é mapear todas as perspectivas minerais conhecidas para correr mundo, fazendo exposições internacionais a fim de atrair investidores. Ou seja, vai mostrar, literalmente, o mapa da mina.

CCJ da Alba pauta mulher

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia (CCJ), presidida pelo deputado José Raimundo (PT), decidiu homenagear as mulheres ao modo da casa: pautou para apreciação este mês 30 projetos que citam interesses femininos.

Entre os projetos está um de Jurandir Oliveira (PP), que pretende obrigar agressores de mulheres a devolver aos cofres o dinheiro que hospitais gastam com as mulheres agredidas.

Apesar de Bolsonaro, a ponte anda sem balançar

Dizem que os chineses, inquietos com a instabilidade que as trapalhadas de Bolsonaro causam, estariam dispostos a abandonar o projeto que conecta a energia de Belo Monte, no Pará, com o Rio de Janeiro. A questão: isso balançaria a ponte Salvador-Itaparica?

João Leão, vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, diz que não:

- O projeto está pronto, em vias de ir para o pregão, e os chineses e outros interessados, confiam muito no governo baiano.

O projeto de ponte deve ir a leilão na Bovespa entre agosto e setembro.

E devem confiar mesmo. Até pelo biotipo,

se soltarem Rui Costa e João Leão na China passam por chineses numa boa.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Catedral da Sé

Essa quem conta é Fernando G. Habib, velho colaborador de A TARDE em geral e nosso no particular.

Década de 1930. Por imposição da Cia. Linha Circular, empresa inglesa concessionária dos bondes de Salvador, cogitou-se a demolição da Catedral da Sé e de todo o quarteirão central, para o assentamento de novos trilhos. Após anos de polêmicas, D. Augusto Cardeal da Silva, Bispo Primaz do Brasil, aceitou a oferta de trezentos contos de reis para autorizar.

Em seu lugar foi erigido, para homenageá-lo, o busto de D. Pero Fernandes Sardinha, bispo dos tempos de Thomé de Souza, mal afamado, que havia sido devorado pelos índios Caetés, após naufrágio no litoral das Alagoas.

Protestos gerais. O consenso ditava que seria um monumento de um profundo mau gosto.

Um autor desconhecido soltou a quadrinha:

Por quê de Sardinha um busto,

Onde um templo se ergueu,

Antes o de Dom Augusto,

O bispo que a Sé vendeu.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco