Racismo, um atraso moral dos tempos das cavernas que está aí
Num dia de terça-feira de uma semana carnavalesca em que a Assembleia funciona mais para cumprir o protocolo, o caso Crispim Terral pautou a agenda oficial e também o tititi.
Pequeno empresário do ramo de telefonia, foi tirado à força da agência da Caixa no Relógio de São Pedro, após receber uma gravata dos PMs, a pedido do gerente, chamado João Paulo. O vídeo gravado pela filha de Crispim, de 15 anos, mostra uma cena brutal. Com as palavras do gerente de que só vai (para a delegacia) “com esse tipo de gente se ele for algemado”.
Fala Olívia — O caso, ocorrido no dia 19 último, virou escândalo. Olívia Santana (PCdoB), integrante da Comissão de Promoção da Igualdade, pediu o encaminhamento do caso ao Ministério Público, aprovado por unanimidade:
– O que se viu ali foi um caso típico de racismo, sem nenhuma sombra de dúvida.
Óbvio que o caso será apurado, mas é certo que não se veem brancos recebendo o tratamento que foi dispensado a Crispim. Que parece racismo, é certo como sem dúvida.
Lamentável. Se busca uma sociedade de respeito amplo, no trato da coisa pública, no ato de lidar com as diferenças culturais, religiosas, de gênero e opções individuais. O contraponto é o tempo das cavernas. O racismo se inclui aí, um atraso que se incrustou na alma da humanidade e resiste aos avanços da civilidade.
O sonho que o juiz roubou
Presidente da Juazeirense, o deputado Roberto Carlos (PDT) não digere o empate de 2 a 2 com o Vasco dia 6 último, pela Copa do Brasil, quando o juiz Rafael Trucci inventou um pênalti aos 45 do segundo tempo:
– O Código Penal deveria ter uma punição rigorosa aos que roubam sonhos e projetos. Perdemos R$ 800 mil e deixamos de sonhar com mais
R$ 1,4 milhão que poderíamos ganhar enfrentando o Serra, do Espírito Santo.
O palácio terá nova função
O Palácio Thomé de Souza, hoje sede da prefeitura de Salvador, que ACM Neto vai desmontar, será recolocado noutro ponto da cidade com outra função. A estrutura atual, feita pelo arquiteto Lelé em 1986, na gestão de Mário Kertész, será uma escola, centro cultural ou da administração.
Neto reitera que a decisão de tirar o prédio da Praça Municipal é por força de uma decisão transitado em julgado da Justiça Federal.
Bahia joga com a folia no peito
O Bahia, que em novembro jogou contra a Chapecoense homenageando a Consciência Negra, entra em campo hoje contra a Jacuipense com os nomes de 23 artistas que animam o Carnaval baiano e sábado contra o Altos do Piauí com mais 23.
No time de homenageados estão Margareth Menezes, Carlos Pitta, Luiz Caldas, Gerônimo e Cacique Jones.
Pitta diz que adorou:
– Eu me sinto muito honrado com isso.
Após 10 anos, Alexandre Brust deixa a CBPM
Amigo de Leonel Brizola (ex-governador gaúcho e do Rio) a vida inteira, 82 anos, Alexandre Brust se despede da Companhia Bahiana de Pesquisas Minerais (CBPM), onde está desde 2009, comemorando resultados surpreendentes.
– Saímos de uma arrecadação de
R$ 5 milhões em royalties para R$ 45 milhões em 2018, nove vezes mais.
Ele diz que nas últimas quatro décadas a Bahia investiu US$ 500 milhões em pesquisas minerais e agora está em mais de US$ 2 bilhões. O níquel de Itagibá, por exemplo, dá US$ 1,2 bilhão; o vanádio de Maracás, US$ 350 milhões; o ouro de Santa Luz, US$ 420 milhões.
– E ainda temos seis novos e grandes projetos prontos para ser licitados.