São João, tradição que rende bom dinheiro de cabo a rabo
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
O carnaval de Salvador é a maior festa de concentração popular do planeta, mas segundo o secretário Maurício Bacelar (Turismo) a maior festa da Bahia é o São João. Chega aos 417 municípios baianos, cada um fazendo o seu arrasta pé com amendoim, milho e canjica.
— Abrimos o edital e acabamos colaborando com mais de 300 municípios. No carnaval foram apenas 87. O número seria maior, mas uma boa parte deles está em situação de emergência, ou por conta das chuvas ou da seca. E nesse caso é proibido fazer festa.
Resultou: o governo desembolsou R$ 180 milhões e pelas medições nos aeroportos, reservas de hotéis e tráfego nas estradas pedagiadas, a Bahia vai receber R$ 1,7 milhão de pessoas que vão girar na economia algo em torno de R$ 2 bilhões.
Em Amargosa —Também de ponta a ponta da Bahia todo mundo diz que o São João entrou firme na alma dos nordestinos em geral e dos baianos em particular.
Nos municípios que fazem grandes festas como Senhor do Bonfim, Cachoeira, Cruz das Almas, Santo Antonio de Jesus, e Irecê admitem que junho é o grande momento na cultura que também gira a economia.
Júlio Pinheiro (PT), prefeito de Amargosa, lá no comecinho do Vale do Jiquiriçá, vai desembolsar R$ 6 milhões para fazer a festa e diz que lá São João é tudo. Além de manter a, a tradição junina, ainda tem os ganhos econômicos expressivos.
— Nosso cálculo é que a festa gira aí em torno de R$ 40 milhões. Em 2022 fizemos um estudo sobre o impacto financeiro. Constatamos que quase todos que estavam em dívidas com os bancos quitaram. Isso sem falar nos saldos positivos. É como se o São João rendesse dinheiro para o ano inteiro.
Em Utinga —Já em Utinga, lá na Chapada, o prefeito Jouyuson Vieira (PSB), vai na mesmíssima pegada. Diz que além da preservação cultural o lado econômico fala muito forte lá.
— Nós fortalecemos nossa identidade cultural ao mesmo tempo em que impulsionamos a economia, hotéis e pousadas lotados, artesãos felizes com o faturamento e o comércio turbinado. Sem dúvida, celebramos o São com muita alegria.
Já que assim o é, só nos resta bradar: viva o São João!
Colaborou: Marcos Vinicius