Sidônio vai assumir a comunicação de Lula? Resposta: ‘Não sei de nada’
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Sempre citado como sucessor do ministro Paulo Pimenta, na Secretaria de Comunicação do governo de Lula, o publicitário baiano Sidônio Palmeira disse ontem que a única coisa que sabe sobre isso é que a imprensa vem falando, mais nada.
– Comigo ninguém do governo conversou e muito menos fui convidado.
E se for, vai topar?
– Não sei. Vamos ver.
Sidônio fez a campanha de Lula e sempre foi o preferido do presidente para o posto, mas o escolhido acabou sendo Pimenta, que é jornalista e também deputado federal pelo Rio Grande do Sul.
Semana passada, Lula botou lenha na fogueira ao criticar Pimenta publicamente e dizer que o governo está perdendo a batalha para os bolsonaristas nas redes.
Crise da esquerda –Pimenta por sua vez bradou que não é marqueteiro. E se defende colocando a culpa na crise mundial que a esquerda enfrenta.
– A esquerda está sem narrativa para enfrentar a extrema direita, não só aqui, mas no mundo inteiro.
Eis a questão: Lula está na metade do terceiro mandato e de olho em 2026. Até agora, pelo que dizem em Brasília, o grande trunfo dele é o próprio Bolsonaro, que embora cheio de processos e com outros chegando, insiste em dizer-se candidato.
Por aí, 2024 fecha com um cenário absolutamente indefinido, o governo claudicante, embora a economia vá bem. E Lula tenta ajustar os ponteiros. Será Sidônio o cara que vai mudar o jogo?
Colaborou: Marcos Vinicius
As passagens e os deputados
Deputados se queixavam ontem na Alba dos altos preços das passagens aéreas. Samuel Júnior (Republicanos) dizia que uma passagem para Lisboa, em Portugal, custa R$ 2.505, enquanto para Ilhéus é R$ 3.044 e Porto Seguro R$ 3.169.
– É mais barato ir à Europa do que aqui mesmo.
Já Robinho lembra que às vezes para chegar a Salvador é preciso ir a São Paulo. E mesmo voos lotados são cancelados, como em Teixeira de Freitas.
Sobreira fica contente com a ‘abordagem social’ de Bruno
Circulando ontem à tarde pela Praça Nossa Senhora da Luz, na Pituba, Raimundo Sobreira, aos 87 anos, diz ter presenciado um fato que o sensibilizou: fiscais da Prefeitura de Salvador, fardados com a jaqueta onde se lê Abordagem Social, abordavam moradores de rua.
– A ideia é muito boa, desde que não fique só na abordagem. O bom seria pegar cada morador e não botar em asilos, mas dar uma casinha, uma morada decente.
A Abordagem Social, segundo a Prefeitura, busca também olhar a incidência de trabalho infantil e também a exploração sexual de crianças.
Sobreira diz saber que a situação, no conjunto, é muito complexa, mas acha que a iniciativa é louvável.
Em Salvador, o que não falta é morador de rua, sendo que alguns pontos já viraram referência, como o viaduto do Politeama e o Largo dos Mares.
Roberto Carlos diz confiar que reverte a condenação
Condenado semana passada pela Secção Criminal do TJ-Ba por uma suposta prática de rachadinhas, um caso que pipocou em 2008, o deputado estadual Roberto Carlos (PV) dizia ontem que recorreu e está confiante.
– Mas a lei diz que em caso de empate o réu é o beneficiário e a votação foi 6 a 6, com o presidente (o desembargador Balthazar Miranda) desempatando contra mim.
Ele, que após o rebuliço já se reelegeu deputado estadual para cinco dos seus seis mandatos, politicamente nunca foi prejudicado, mas nem por isso se diz satisfeito.
– É ruim porque desgasta. Ninguém gosta de passar por isso. Mas me acho vítima.