Tom quer indenização por provar que não é dono de Ibirapitanga
Ewerton Almeida era dono de 58 hectares de terra na cidade, mas uma área quase mil vezes maior

Vereador em Jequié lá pelo início de 1970, depois duas vezes deputado estadual, Ewerton Almeida, ou Tom, para os amigos, 81 anos, é protagonista de um caso único na história da Bahia, a briga para provar que não era dono de uma propriedade de 50 mil hectares como o governo dizia.
Explicando: ele era dono de uma propriedade de 58 hectares em Ibirapitanga. região do cacau, às margens da BR-101. A questão é que botaram lá 50 mil hectares, quase mil vezes mais. Em 1990, 32 anos atrás, chegou o governo cobrando uma fábula de Imposto Sobre a Propriedade Rural (ITR).
— Imagine você. Já me apontavam como latifundiário sem ser. E ainda vêm me cobrar um impostão desse latifúndio. Até parecia que eu era dono de Ibirapitanga inteira.
Precatório —Os problemas se acumularam com o efeito cascata, explicações ao Imposto de Renda, o assédio de bancos pedindo ‘a preferência’ até que ele resolveu ir à justiça pedir a correção da informação e uma indenização por danos morais.
Este ano, 32 anos depois, finalmente Ewerton teve uma alegria vinda da justiça: o reconhecimento de que a propriedade de 58 hectares não era de 50 mil. E mais uma indenização. Sabe de quanto? R$ 50 mil.
Ewerton vai iniciar uma nova maratona, mas resmungando pela espera.
— Dizem que não sabem como me pagar. Vou entrar na relação dos precatórios para receber sabe lá Deus quando.
Tom, que é cacauicultor e um dos que brigam para solucionar a questão dos endividados do cacau, virou um símbolo do trato governamental: pra cobrar bota pra quebrar, pra pagar é um Deus nos acuda.
Um olhar em Alagoinhas
Pesquisa não registrada mostra que no posicionamento espontâneo Paulo Azi (UB), Joseildo Ramos (PT) e Luiz Argolo, que nem candidato é, dominam as preferências do eleitorado.
Na estadual, Paulo Cezar (UB), Ludmila Fiscina (PSD), esposa do prefeito Joaquim Neto, e Radiovaldo Costa (PT) ficam com as preferências da maioria.
Luciano se diz muito otimista
Na oposição o tempo inteiro, o deputado Luciano Simões Filho (UB), no segundo mandato, mas já calejado de acompanhar o pai, Luciano Simões, que se elegeu deputado estadual seis vezes, diz que nunca viu um clima tão bom como agora.
— Eu acompanho muito ACM Neto. É impressionante o nível de empolgação das pessoas em todo canto.
Euclides, o neo-petista
Empresário, seis vezes vereador em Jequié, no terceiro mandato de deputado estadual, o deputado Euclides Fernandes surpreendeu ao deixar o PDT, não pela saída, mas pela escolha da nova legenda, o PT.
— O PDT mudou de rota, de rumo, estava mais à esquerda e de repente endireitou. Quanto a ir para o PT, eu já estava integrado.
Na campanha, o tempero do mal vem de Acajutiba
Nas incursões que fazem neste fim de semana pelo Nordeste baiano, ACM Neto e aliados, que festejam a estreia de Cacá Leão como candidato ao Senado no interior, se bateram com um tititi maldito, a Operação Êmulo, do Ministério Público com respaldo do TJ-Ba, que prendeu seis pessoas ontem em Acajutiba.
A tal operação investiga o assassinato de André Santos de Souza em 20 de junho de 2020, que costumava disparar críticas contra o prefeito Alex Freitas (MDB) nas redes.
Aliás, o nome da operação é bem sugestivo. Êmulo significa opositor, contrário.
POLÍTICA COM VATAPÁ
Especialização
Jorge Campos, ex-centro-avante do Bahia, enfrentando problemas de saúde, mas ainda alegrando as vidas dos muitos amigos que cultivou e tem no Imbuí, onde mora, é quem nos conta essa.
Diz ele que Manga, goleiro do Botafogo do Rio e da seleção, ‘mas antes de qualquer coisa um amigo’, lá um dia apareceu com o joelho machucado. Consultório de um ortopedista, amigos recomendaram-lhe um ortopedista novo, recém-chegado dos EUA, um craque. Foi, mas na hora errou de sala, em vez da 501, do médico, invadiu a 503, de um advogado. Ao ser atendido, e sem se dar conta do engano, Manga explicou seu caso:
— Doutor, tô com um problema aqui no joelho esquerdo...
Muito surpreso, o advogado interrompeu:
— Meu amigo, deve haver algum engano. Eu só trato de Direito.
Foi a vez de Manga se espantar, levantando: —Puxa, doutor. Vá ser especializado assim no raio que o parta!
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