Bahia no radar do e-commerce e o papel da logística
Cesar Bandeira falou sobre o assunto em coluna

O comércio eletrônico brasileiro mantém trajetória ascendente. Em 2024, movimentou mais de R$ 200 bilhões, alta de 10% sobre 2023. A previsão para 2025 é R$ 234 bilhões, impulsionado pelo aumento do ticket médio e pela ampliação da base de consumidores digitais.
No Nordeste, o ritmo foi ainda mais forte: crescimento de 19,6% no primeiro semestre de 2024, consolidando a região como destaque nacional. Nesse cenário, a Bahia desponta como mercado estratégico, pelo peso populacional e pela vitalidade do varejo.
O retrato baiano. Em 2023, os baianos gastaram R$ 9,2 bilhões em compras online, segundo a Fecomércio-BA, 1,9% acima de 2022. O estado responde por 30% do e-commerce nordestino, mas apenas R$ 1,5 bilhão ficou em empresas locais. A maior parte foi destinada a companhias do Sudeste, o que evidencia o desafio de fortalecer o ecossistema interno.
Já em 2024, o varejo baiano apresentou fôlego: 10,5% de crescimento no primeiro quadrimestre, mais que o dobro da média nacional (4,9%). O movimento sinaliza um ambiente propício para consolidar negócios digitais de origem local.
Logística como diferencial. Nenhum avanço no e-commerce se sustenta sem logística eficiente. Prazo, integridade da carga e preço justo são determinantes. Nesse ponto, operadores especializados têm papel decisivo.
A J&T Express vem ampliando sua presença no estado com sorting centers em áreas estratégicas, como Feira de Santana, acelerando o processamento de encomendas e aproximando vendedores digitais dos consumidores. Nacionalmente, a empresa cresceu 31,2% no volume de pacotes no 1º trimestre de 2025, apoiada por uma rede robusta de triagem e frota própria.
Perspectivas para a próxima onda. Três tendências devem marcar os próximos anos:
- Fortalecimento local, mais empresas baianas no digital, reduzindo a dependência do Sudeste.
- Logística inteligente, sorting centers regionais e soluções como cloud warehouse para dar eficiência às operações.
- Inclusão digital contínua, só no 1º semestre de 2024, 66,6 milhões de brasileiros compraram online, 26% acima do mesmo período de 2023.
Conclusão: A Bahia já é um mercado consumidor relevante. O desafio é transformar esse consumo em protagonismo, com empresas locais competindo em igualdade de condições.
Com entregas rápidas, preços competitivos e infraestrutura no estado, a logística, liderada por players como a J&T Express, deixa de ser gargalo e se torna motor de crescimento. O estado tem tudo para se firmar como polo logístico e tecnológico do e-commerce no Nordeste.
*Cesar Bandeira - Gerente Geral regional Senior J&T Express
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