Competitividade Made in Bahia 4.0
Coluna Made in Bahia desta terça-feira

A Bahia ocupa um lugar estratégico na economia do Nordeste, o maior PIB da região, sendo responsável por cerca de um terço de toda a riqueza produzida pelos nove estados nordestinos. Possuímos um setor produtivo diversificado, que vai da indústria petroquímica e automotiva ao agronegócio, passando pelos setores de serviços, turismo e energias renováveis, porem precisamos melhorar nossa competitividade para transformar esse potencial em resultados consistentes.
Temos um hub natural para exportação, mas precisamos investir mais na infraestrutura portuária e logística. O agronegócio, especialmente no Oeste, é destaque, com grãos e frutas ganhando espaço em mercados internacionais. A indústria instalada no Polo Petroquímico de Camaçari e o crescimento das energias eólica e solar posicionam o estado como referência nacional em setores estratégicos. Além disso, a Bahia tem uma riqueza cultural e turística incomparável, que gera emprego e atrai investimentos no segmento de serviços.
Com tudo isso temos fragilidades que reduzem a competitividade do nosso estado. A taxa de desemprego é historicamente elevada, temos desigualdades regionais expressivas, dificuldades na qualificação da mão de obra, a burocracia e a insegurança jurídica, na Bahia e no Brasil, ainda afastam investidores e a dependência excessiva de investimentos públicos e incentivos fiscais revela a necessidade de maior protagonismo da iniciativa privada.
Precisamos fortalecer o posicionamento da Bahia dentro da economia nordestina, esse é nosso desafio, investindo em capital humano, com ênfase em programas de educação técnica, cientifica e superior conectados às demandas reais do mercado e nos ecossistemas de inovação, com maior aproximação entre universidades, empresas e startups, gerando diferenciais em setores de alto valor agregado.
Os empresários baianos podem e devem ser protagonistas desse processo. Criticar governos e governantes, não fará a revolução econômica que precisamos. Obviamente a alta carga tributária, gastos públicos excessivos e juros estratosféricos dificultam essa nossa missão, mas não inviabiliza o sonho de termos um estado mais competitivo e desenvolvido.
O futuro da economia baiana dependerá da nossa capacidade de transformar essas vantagens comparativas em vantagens competitivas, alinhando políticas públicas modernas, ambiente de negócios mais ágil e estímulo à iniciativa privada. Para debater todos esses cenários e oferecer alternativas para a competitividade baiana, o Business Bahia, em parceria com a Zum Brazil, Zoom Imagem e Lide/Ba, irá realizar a 2ª edição do Summit Made in Bahia. Imperdível!
*Carlos Sergio Falcão é o presidente do Business Bahia
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