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Made In Bahia

Por Washignton Pimentel*

ACERVO DA COLUNA
Publicado Tuesday, 04 de June de 2024 às 0:00 h | Autor:

É preciso saber colher

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Não sei se essa informação habita as rodas empresariais e políticas da Bahia, mas o Estado é referência em produtividade por hectare de soja, somos os mais eficientes do Brasil em uma série história publicada pelo Rally da Soja realizado pela APROSOJA, além de ostentarmos a posição de melhor pluma de algodão do País.

A AIBA – Associação do Irrigantes do Estado da Bahia, uma prestigiada e respeitada associação, sediada no Oeste da Bahia, que congrega alguns dos grandes produtores rurais do Estado e ativa no debate e construção das políticas públicas voltadas ao agronegócio regional, publicou que cultura do algodão no oeste baiano possui 19% da produção nacional e 8% da produção nordeste.

Já a soja do oeste baiano corresponde acerca de 5% da produção nacional e a 49% da produção do Nordeste. A safra 22/23 registrou um recorde histórico ao contabilizar uma produção de cerca 7.477 milhões de toneladas da oleaginosa, um incremento da ordem de 7,70% em relação à anterior e a safra 23/24 apresenta uma leve alta.

Reunimos municípios que figuram com os maiores PIBs agrícolas do País, como é o caso de São Desidério, Formosa do Rio Preto, Barreiras, Correntina, Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves, Jaborandi, Mucugê e Juazeiro.

O PIB agrícola do Estado, hoje, equivale a aproximadamente 20% da economia baiana, essa, sem qualquer exagero, é uma Bahia que dá certo.

Estamos preparados, enquanto Estado e classe empresarial, para colher tamanha relevância?

Não conseguimos beneficiar nossa produção e agregar valor à cadeia do agronegócio por ausência de disponibilidade de fornecimento de energia. Uma contradição! Um Estado que vem se destacando na geração de energia renovável é o mesmo que não consegue beneficiar a sua produção por indisponibilidade de infraestrutura de rede de distribuição e transmissão de energia elétrica para as zonas produtoras.

Com a falta de modal logístico eficiente, sem ferroviais, hidrovias e com uma malha rodoviária deficiente, escoamos boa parte da produção agrícola por outros Estados, deixando de gerar receitas aos cofres públicos locais e incrementar a carga para abastecer a nossa infraestrutura portuária já instalada.

Ou seja, temos cargas, mas empurramos parte relevante da nossa produção agrícola para escoar fora do Estado. Precisamos aprender a colher tudo que o homem do campo, o produtor rural, faz pelo nosso Estado. Precisamos nos unir em prol da segurança jurídica no campo, do investimento assertivo em infraestrutura para gerar eficiência logística, da disponibilidade energética e o aproveitamento da cadeia do agronegócio dentro da Bahia. Temos o potencial de criar a agroindústria do nosso Estado, um novo ciclo de prosperidade, desenvolvimento econômico e relevância.

Vamos à colheita.

*Washignton Pimentel é Advogado e Sócio do escritório Washington Pimentel Advocacia, Diretor do Instituto Washington Pimentel, instituição mantenedora de programas de capacitação empresarial voltadas ao agronegócio, membro da Associação Comercial da Bahia

Assuntos relacionados

agronegócio na Bahia Desenvolvimento Econômico eficiência logística infraestrutura energética produção de algodão produção de soja

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