Grupo Civil
Em outubro de 1961, meu pai, Eduardo Valente, fundou a Construtora Civil e Industrial da Bahia. Ele tinha 26 anos e, na condição de engenheiro civil, já havia participado de grandes obras na cidade, como o Teatro Castro Alves e a reforma dos Arcos da Contorno. A primeira obra da Civil foi a oficina da Frutos Dias e, já em 1964, erguia seu primeiro residencial de luxo, o Pedra do Sol, no Largo da Vitória, feito em regime de administração, trazia inovações ao mercado: 2 vagas de garagem por apartamento (cada uma comportava o enorme Ford Galaxie) e uma escultura de Lênio Braga no jardim. Começava ali a história de confiança e credibilidade na relação com seus clientes. Depois viriam vários outros Pedras: Pedra do Mar, Pedra do Parque e Pedra do Bosque, por exemplo.
A década de 70 foi especial para o Grupo, marcando sua entrada na mineração com a inauguração da Civil Pedreira em 1979, uma das maiores da região em capacidade produtiva e única da Bahia com Selo ISO de Qualidade. Depois de 5 anos de investimento em pesquisas, a Civil criou o Vulcano, primeiro remineralizador do Norte/Nordeste, fertilizante orgânico que atende principalmente culturas de soja e cana de açúcar.
Nos anos 80, a Civil construiu o seu primeiro prédio corporativo para locação, o Centralvalle, no Vale de Nazaré, que ainda pertence ao Grupo. Depois vieram o Civil Empresarial, o Civil Trade e o Civil Business, todos para aluguel de grandes áreas. Assim como o Civil Towers, sede da Civil e que, durante a pandemia, passou a ser muito procurado por empresas privadas que buscavam se reestruturar em um espaço corporativo, como a premiada agência Morya e o maior escritório da XP no Nordeste, a Act Ápice, hoje nossos novos vizinhos.
Ao longo de 60 anos, de forma ininterrupta, a Civil se mantém ativa no mercado. No início do novo milênio criamos a Civil Pré-Moldados. Começamos com peças pequenas (blocos, pisos e meios fios), e depois partimos para peças de mais de 50 toneladas, para grandes obras de infraestrutura.
Comecei a trabalhar na Civil há 11 anos e tive muita sorte de conviver com meu pai intensamente em todo esse período. Passei anos codificando a cultura da Civil para conseguir permeá-la com mais facilidade, e isso virou um livro, Teoria do Cone de Luz. Com os conselhos e direcionamentos do meu pai, conseguimos alcançar um crescimento sustentável a cada ano, e hoje somos gratos pelas entregas mais recentes. Voltamos a incorporar, lançamos 6 empreendimentos, fizemos importantes sociedades, construímos obras para clientes privados e nos destacamos na área de educação, saúde e obras industriais. Hoje somos 600 funcionários em 6 unidades de negócio e planejamos para 2025 a ampliação regional das nossas atividades.
Made In Bahia - Publicada às terças-feiras, a coluna traz relatos de empresários baianos