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ACERVO DA COLUNA
23 | Jun | 2025

Licitação com CEP em Lisboa - Edição Especial de São João

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LICITACÃO COM CEP EM LISBOA — EDIÇÃO ESPECIAL DE SÃO JOÃO

Justo na época do São João — quando o povo baiano se prepara para pegar a estrada rumo ao interior e depender ainda mais da travessia — a licitação do ferryboat entra em cena com capítulos decisivos. E enquanto aqui o caos logístico se agrava, lá em Portugal o clima também é de festa. Coincidentemente, o São João por lá também é famoso e está bombando. E o português da licitação, aquele que “jura” estar fora, segue em ritmo de celebração. A licitação virou festa, mas não para o povo baiano — que, mais uma vez, corre o risco de ficar com a conta e o prejuízo.

OMISSÃO

Onde está o controle da Uber em relação às atitudes de má-fé dos motoristas? O Carrasco recebeu a denúncia que alguns espertinhos estão encerrando corridas muito depois do destino final solicitado pelos usuários. O fato é que se a corrida dá X, com a "esticada" dos motoristas trapaceiros o valor passa para Y. E a fama de caloteiro? Com o cliente.

CANCELAS FECHADAS, FESTA TRAVADA

Enquanto a Bahia vive uma das maiores festas do ano, o DNIT resolve transformar as principais estradas do estado em estacionamento prolongado. Cancelas fechadas, manutenção paralisada e motoristas reféns de filas que avançam no ritmo da preguiça administrativa — um triste legado deixado pela ViaBahia que o DNIT parece “empenhado” em preservar. O verdadeiro forró desse feriado é o som das buzinas e o passo lento do caos que poderia ser evitado.

DOR DE CABEÇA

O Bradesco, mais uma vez, vem oferecendo um show de desserviço aos clientes. Sem aviso prévio, a instituição financeira deixa os consumidores vendo navios e impossibilitados de fazer qualquer tipo de transferência bancária sem qualquer aviso prévio de manutenção. Assim, fica difícil!

PALETA DE CORES

O prefeito de São Domingos, Ilário Antônio Carneiro, se vira nos trinta para comprar tinta e providenciar mão de obra, já que foi obrigado pela Justiça a ter que pintar os prédios públicos e substituir o fardamento dos servidores municipais. A decisão veio após Ilário ter mandado pintar diversos prédios públicos com cores da campanha eleitoral para prefeito em 2024, o que caracterizou o uso de bens públicos para promoção pessoal.

NA LAMA

Enquanto o prefeito de Paulo Afonso, Mário Galinho torrou quase R$ 4 milhões com a contratação de artistas para as festas juninas, os estudantes da zona rural enfrentam uma rotina diária sofrível. Muitos precisam andar entre 10 e 12 quilômetros para assistir aulas na sede do município. Com a chuva dos últimos dias, os estudantes andaram literalmente na lama das estradas da zona rural, já que o transporte escolar do município tá caindo aos pedaços.

DESTAQUE NACIONAL

Santanópolis vem dando o que falar nos últimos dias. Segundo o Tesouro Nacional, o município localizado na região Nordeste da Bahia, é o mais endividado do Brasil. Mesmo assim, o prefeito Vitor do Posto se viu no direito de gastar mais de R$ 1 milhão na festa de São João da cidade.

MULTADO

O absurdo não para por aí. Para piorar ainda mais a situação, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) ainda multou Vitor do Posto em R$ 5 mil por causa de problemas na prestação de contas do exercício de 2023.

SEM NOÇÃO

Se não bastasse ser suspeito de envolvimento em irregularidades na desapropriação de terrenos em Praia do Forte, o prefeito de Mata de São João, Bira da Barraca, protagonizou um episódio lamentável durante a abertura dos festejos juninos no município, na semana passada, quando declarou: “Mulher braba e boi a gente amansa como?”, seguido da resposta dos presentes: “montando”. A “piada”machista repercutiu mal nas redes mas não foi o suficiente para um pedido de desculpas do gestor. Lamentável!

VERBA FOI, OBRA NÃO

Porque dinheiro público sempre some mais rápido que as promessas de campanha? Em 18 cidades da Bahia, obras viraram ruínas com orçamento do governo Lula — um clássico da engenharia invisível. Agora, os gestores desses municípios precisam correr contra o tempo e têm 30 dias para explicar o inexplicável. Spoiler: vão culpar o tempo, o sistema, o fornecedor e, claro, a “burocracia”.

FESTA CARA, CONTA AMARGA

Enquanto o governo federal desembolsa milhões para as festas em 22 municípios baianos, as cidades não economizam — e prometem gastar muito mais do que receberam. Jequié e Entre Rios lideram a festa, com orçamentos que vão muito além dos R$ 5 milhões federais. O São João está grande e vocês sabem muito bem quem paga a conta.

VENDE-SE, COMPRA-SE, DEVOLVE-SE

A Prefeitura de Jacobina vai pagando, mês após mês, os R$ 11,2 milhões pela compra do Hospital Regional Vicentina Goulart, junto a AJA, Associação Jacobinense de Assistência, entidade comandada por ninguém menos que o ex-prefeito, marido e atual chefe de gabinete da prefeita Valdice Castro, Leopoldo Passos. O detalhe pitoresco? Com a chegada do novo hospital estadual, em construção pelo governo Jerônimo, há quem diga que o velho regional será devolvido à entidade — como um presente de grego de R$ 120 mil mensal a ser pago parcelado até 2028. No pacote, uma dívida trabalhista de R$ 2,5 milhões. Essa grana toda vai ser devolvida ao município? Quem comprou, pagou. Quem vendeu, sorriu. E o povo? Segue na fila.

QUADRILHA SIM, TRAGÉDIA NÃO

O São João de Senhor do Bonfim, conhecido pela animação no Espaço Gonzagão, entrou na mira do Ministério Público da Bahia. Em plantão especial, promotores e servidores fizeram inspeções nas estruturas do local e recomendaram ajustes imediatos para garantir a segurança dos forrozeiros. A ideia é simples: festa boa não pode terminar em manchete ruim. Segurança primeiro, xote depois. Estamos de olho.

CASSAÇÃO À VISTA

A tão esperada representação contra o vereador Hamilton Assis (PSOL), apontado como precursor da invasão dos servidores à Câmara Municipal de Salvador (CMS), chegou à Casa, e pasmem, só deve começar a ser analisada após o recesso parlamentar, em agosto. No final das contas dessa vez não vai ter a turma do deixa disso e o bambu vai gemer com força.

CASSAÇÃO À VISTA II?

O pedido para analisar a conduta do psolista no episódio, por sinal, não foi movido por nenhum dos edis do Legislativo soteropolitano, e sim por um cidadão, identificado como Pedro Ivo Cortes. O motivo? Especula-se que é para evitar o discurso da oposição de “represália” e “retaliação” da base governista contra a minoria. E também para não gerar impedimento de nenhum colega na hora da degola.

E A REFORMA, LULA?

Lula travou, mais uma vez, no seu plano de reforma ministerial. Guilherme Boulos (Psol), nome dado como certo na Esplanada dos Ministérios, ainda aguarda ser convocado. Até o momento, ninguém entende porque Lula esfriou o processo, visto como necessário para seguras as arestas do governo, mas a ideia é que a coisa ande a partir de julho.

RUI SEM FORÇA?

Política tem de ser feita com arte e com articulação. Na última sessão do Congresso Nacional um acordo foi firmado entre a base governista, o centrão e a oposição. Derrubaram poucos vetos e evitaram que uma bomba explodisse no colo dos consumidores brasileiros: a tal da renovação das térmicas poluentes movidas à carvão. A quase integralidade dos deputados e senadores baianos optaram por seguir dois grandes líderes do governo, senadores Jaques Wagner e Randolfe Rodrigues, que indicaram a derrubada apenas dos vetos sobre pequenas centrais hidrelétricas, mais baratas e não poluentes. Essas hidrelétricas, diferente do que vem sido falsamente alardeado por parte da mídia, não elevam em nada a conta de energia, pelo contrário, a prorrogação do Proinfa reduz em 30% os preços atuais. Além disso, quanto à contratação de pequenas hidrelétricas, ninguém em sã consciência acredita que vá aumentar tarifa.

OS GALÁTICOS

Rui Costa e Alexandre Silveira, ministros da Casa Civil e de Minas e Energia, tentaram até os 45 minutos do segundo tempo piorar ainda mais o clima azedo entre o Congresso e o Executivo, mas de nada adiantou. Todos os partidos da base votaram massivamente em prol do que foi acordado e deixaram de lado a absurda prorrogação das térmicas a carvão. Na Bahia, a principal liderança com moral no Congresso tem nome e sobrenome: Jaques Wagner. Tudo isso é o que se comenta em Brasília, mas o Carrasco ainda duvida que o MME e a CASA CIVIL pretendam tirar dar cinzas esse assunto morto das térmicas a carvão. Vamos ver o que vem por aí.

MEMÓRIA DE POLITICO

Reza a lenda que políticos, salvo raras exceções, só possuem memória futura. Ultimamente tem aqueles que conseguem o impensável: os que não tem memória passada e também padecem de esquecimento quanto à memória futura. Esses são os políticos sem palavra, os verdadeiros traidores. O futuro vai chegar.

ENQUADRADA

O selo semanal do Carrasco vai para o ministro de minas e energia Alexandre Silveira. Subindo e descendo a bordo de seu novo brinquedinho a jato, suas manobras estariam na mira da Procuradoria Geral da República. Um dos seus pecados favoritos, segundo se comenta no Planalto Central, é interceder a favor de um determinado grupo empresarial sempre por meio de medidas provisórias. A prova poderá vir a tona nas próximas semanas. Se isso ocorrer, vai ser batom na cueca.

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