O Carrasco - A Volta do Jaleco
A VOLTA DO JALECO
Um ex-dirigente de futebol quer vestir o jaleco branco de novo e está voltando para a área da Saúde. Já se sabe que estão se reunindo nos porões para tentar chegar na Secretaria Estadual de Saúde e virar o jogo, como sempre fez, no tapetão. O Carrasco quer saber quem está colocando gasolina nessa máquina, que quer passar de quinto para primeiro.
O CARRASCO CRAVA NOVAMENTE
Como já antecipado por esse Carrasco, um famoso escritório paulista acabou largando o caso da FERBASA, tudo isso por conta das relações nada republicanas de seu antigo parceiro com o judiciário baiano. Veio à tona, recentemente, a íntima relação de um dos sócios da banca baiana com um julgador do TJ-BA, após a declaração de suspeição deste nos autos do processo. A Damarest, banca paulista, não contou conversa e, de imediato, deixou o caso, pois seu compliance não gostou do que viu.
A MINA DE DEUS
Neste rumoroso caso da FERBASA, ainda tem muita PEDRA para rolar. Chegaram a essa coluna documentos que evidenciam que muito filho de Deus andou fazendo fortuna às custas de uma famosa Fundação, que outrora era o orgulho da Bahia. O Carrasco, atento e bom conselheiro como é, adverte: cedo ou tarde, os malfeitos virão à tona e não irá sobrar pedra sobre pedra.
1,2,3… DEU MERDA
A Empresa 123 Milhas anunciou a suspensão da linha PROMO e deixou os usuários na mão. Os consumidores que compraram passagens aéreas e pacotes de viagens para o período de setembro a dezembro deste ano, terão que dar adeus às férias. A notícia chegou como uma avalanche para os clientes que já pagaram pelo serviço. Diz a empresa que fará reembolso com vouchers acrescidos com correção monetária de 150% do CDI. Isso não agradou o consumidor, que já anda atrás dos seus direitos. Para quem não quer ficar a ver navios e sair no prejuízo, apertem os cintos porque o transtorno com a 123 Milhas tá só começando!
A SANTA PEDE SOCORRO
Os moradores de Santaluz não sabem mais para quem apelar. A gota d'água para suportar a má gestão da cidade veio no dia do apagão. Sem gerador, o hospital municipal ficou no escuro e os pacientes desassistidos. Nas redes sociais, o vereador de oposição Deom fez a cobrança do equipamento, cuja aquisição foi protocolada por ele desde novembro do ano passado. Enquanto isso, o prefeito, que não para na cidade e tem fama de festeiro, vive fazendo campanha para deputado estadual. Cuidado Arismario! Com a fortuna que se gasta em festas, um dia a conta chega!
ILEGAL OU IMORAL?
Três secretários municipais de Simões Filho foram aprovados em um concurso público do próprio município. O certame visa o preenchimento de vagas do quadro de pessoal efetivo e formação de cadastro reserva. Entre os aprovados estão a secretária de Administração, Laís Matos, o secretário de Habitação, Kemmuel Martins, que é genro do prefeito Diógenes Tolentino (MDB), e ainda o Procurador-Geral do município, Jarbas Santana Magalhães. A grande dúvida é saber da legitimidade da participação dos gestores municipais no certame, bem como as providências a serem tomadas em caso de aprovação de todos nas próximas etapas.
CLIMA PESADO
Ultimamente o clima na Câmara Municipal de Feira de Santana tem sido de hostilidade entre os parlamentares. Fernando Torres (PSD), ex-presidente da Casa, mandou o vereador Paulão (PSC) tomar naquele lugar e não satisfeito chamou a presidente Eremita Araújo (PSDB) de p**a. Já o vereador Ron do Povo, disse ao colega parlamentar, Edvaldo Lima, que poderia resolver um certo imbróglio entre ambos no "murro" ou na "bala".
BALA DE CANHÃO
Os cachês dos artistas que se apresentaram na Micareta de Olindina, centro-norte da Bahia, somados, atingiram R$ 730 mil reais para os cofres públicos. A conta que vai ser paga pelo prefeito Luiz Alberto (PSD), sem dúvida, deve impactar as prioridades do município, que de acordo com denúncias enviadas ao Carrasco, são diversas, sobretudo na Saúde e Educação.
CALÇAS NA MÃO
Os servidores da Prefeitura de Rio Real, também no centro-norte da Bahia, estão em polvorosa, após as exonerações, inclusive de cargos de confiança feitos pelo prefeito Carroça (PP). O clima é de preocupação entre o funcionalismo após a decisão do gestor. O que chegou para o Carrasco é que a ação teve o dedo do presidente da Câmara Municipal, Nino de Zé Bonfim (PP), que é sobrinho do prefeito.
NOME É PROBLEMA I
Durante a última semana, o líder da oposição na Assembleia, Alan Sanches, pegou ar com a escolha do novo nome do antigo Hospital Espanhol. Segundo ele, a unidade não poderia se chamar 2 de Julho, porque já existe um hospital privado com esse nome em Salvador, no bairro de São Marcos, o que poderia causar problemas comerciais e operacionais.
NOME É PROBLEMA II
Júnior Muniz e Robinson Almeida não gostaram nada da fala de Alan Sanches e partiram para o contra-ataque. Cobraram à prefeitura de Salvador investimentos em saúde, dando à população uma maternidade municipal, que é uma velha promessa da gestão. Aproveitaram e lembraram que, no passado, o grupo político de Alan mudou o nome do Aeroporto Internacional de Salvador, de 2 de Julho para Luís Eduardo Magalhães.
NOME É PROBLEMA III
O curioso dessa discussão sobre os nomes é que dois dos deputados, hoje fortes defensores de seus grupos políticos, já estiveram com os sinais trocados. Hoje governista, Júnior Muniz foi oposição ao PT. Atualmente na liderança da oposição, Alan Sanches foi defensor do governo. A política no Brasil tem muito disso. Por aqui, a ideologia fica para as militâncias. Os políticos brasileiros são pragmáticos.
CAVALO DO CÃO I
A discussão entre os vereadores Átila do Congo e Téo Senna, que esquentou a reunião conjunta da CCJ e de Orçamento, gerando até pedido de cassação, não agradou parte da cúpula da Câmara Municipal de Salvador. Nem mesmo os mútuos pedidos de desculpa pública entre um e outro amenizou o desconforto dos edis com o episódio.
CAVALO DO CÃO II
O Carrasco ouviu de diversas fontes do entorno da vereança de Salvador que a situação do vereador Átila do Congo, que ameaçou o colega Teo Senna - e vice-versa, não vai dar em nada, mesmo com o tucano tendo o representado na Corregedoria e Comissão de Ética. Outros casos, até mais severos na casa, foram resolvidos com tapinhas nas costas. Ou você não lembra, meu caro Teo, dos episódios de Marcell, Carballal, Hilton e Prates? Esquece isso. Além do mais, segundo dizem, o Cavalo do Cão tem costas largas, couro grosso e o corpo fechado.
SUBIU NO TELHADO
Na Bahia, outra CPI subiu no telhado na Alba. Desta vez, quem rodou foi a CPI da ViaBahia, que arrancou elogios até base governista, insatisfeita com os serviços da concessionária. Na última quinta, a Procuradoria-Geral da Casa decidiu barrar o pedido de investigação requerido pelo deputado Marcinho Oliveira. O governador até pensou em ajudar “se fosse para o bem do Estado”. Deixa para a próxima.
DESATUALIZADA
Candidata ao Senado apoiada por Jair Bolsonaro (PL) no ano passado, Raissa Soares, precisa contratar alguém para assumir suas redes sociais. Sua página no Instagram dificilmente tem story novo com conteúdo político. No feed, as dicas de saúde prevalecem sobre o apoio ao ex-presidente da República, que vive momento difícil e precisa mais do que nunca de seus aliados. Sem falar nos seus destaques, todos do ano passado, tratando da agenda da campanha eleitoral ou de divulgação dos seus grupos no Telegram e Twitter.
ENQUADRADA
Selo semanal para os birrentos de plantão. O Carrasco apurou que por trás de todo esse mimimi contra o lançamento de três empreendimentos no Rio Vermelho está o Gambá, que depois de azucrinar, sem sucesso, a expansão urbana responsável na região da Avenida Paralela e por toda cidade, agora promete investida contra edifícios que podem ser lançados na Praia do Buracão. Esse Gambá, quase sempre associado a uma conflagrada promotora, estimula todo tipo de S.O.S. Já vimos o “S.O.S Pituaçú”, “S.O.S Vale Encantado”, “S.O.S Ondina”, “S.O.S BTS”, “S.O.S Palácio Rio Branco” e agora nos aparece um tal “S.O.S Buracão”. Desde que tais projetos estejam adequados ao Plano Diretor e às demais normas urbanísticas e ambientais, é dever do Poder Público Municipal liberar e até mesmo estimular o desenvolvimento econômico da capital. O resto é choro de ecochato e o Carrasco duvida que, partindo do poder do novo grupo empreendedor baiano, alguém consiga lograr êxito com esse mimimi ambientalista.