Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > PAPO PET
COLUNA

Papo Pet

Por HIlcélia Falcão

informações do mundo pet
ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 03 de dezembro de 2023 às 6:12 h | Autor:

Altas temperaturas provocam risco de hipertermia nos animais

Picolés de frutas permitidas aos animais, feitos em cubas de gelo, aliviam o estresse térmico

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Cachorro deitado na areia da Praia da Boa Viagem
Cachorro deitado na areia da Praia da Boa Viagem -

Muito tutor não sabe, mas aquela respiração ofegante do bicho com o linguão para fora, salivando sem parar, é um sinal de que o cão está com muito calor. Nesta hora, o ideal é deixar o animal descansar à sombra, num espaço arejado e se refrescar. Afinal, altas temperaturas, sem manejo adequado, podem levar à hipertermia (quando o corpo fica mais quente que o normal) e até à morte do animal. As raças mais suscetíveis são a dos cães braquicefálicos (shitzu, pug e buldogue), que têm focinho curto e dificuldade de respirar.

Neste Verão, que promete temperaturas mais altas que o habitual, o recomendado é redobrar os cuidados. “Precisamos tomar uma série de cuidados, um deles é o oferecimento de água potável e fresca, trocar a água do cão várias vezes ao dia e evitar exposição ao sol em horários mais quentes”, explica o médico veterinário comportamentalista Luis Carlos Sousa, 37 anos, que indica usar filtro solar específico para cães em dias de alta incidência de radiação solar. Neste caso, o produto deve ser aplicado na região superior do focinho, área desprovida de pelos onde costumam ocorrer queimaduras e é mais suscetível a câncer de pele. Uma medida importante é, antes de iniciar o passeio, testar a temperatura do solo para ver se não irá queimar a pata do animal.

eterinário Luis Carlos com o cão Mab
eterinário Luis Carlos com o cão Mab | Foto: Olga Leiria / Ag. A TARDE

Tortura no Verão

O calor sem o cuidado adequado vira fator de estresse para o animal. Por isto, o indicado é oferecer um ambiente mais fresco com ventiladores ou ar condicionado. Afinal, segundo o veterinário, assim como acontece com humanos, os animais ficam mais impacientes, perdem o apetite e apresentam comportamentos incomuns por estarem sofrendo com estresse térmico.

Por isso, aquele costume antigo de acorrentar cães, sinônimo de maus tratos em qualquer estação, vira praticamente uma tortura no Verão. A corrente sob o sol queima o animal. Outro problema é passar o dia inteiro na praia com o cão. “Ficar num ambiente em que o animal não consiga regular a sua temperatura pode levar à hipertermia”, afirma a médica veterinária AndreaBispo. Outro alerta é ficar atento para evitar esquecer o bichinho no carro.

Para assegurar dias resfrescantes aos seus quatro cães, a administradora de empresas Bárbara Virgínia Figueredo da Silva, 49 anos, usa e abusa da criatividade. “Muitos pensam que é luxo nas creches darem banho de piscina e mangueira nos pets. Na verdade, é uma prevenção para hipertermia. Quem puder proporcionar na época quente, deve fazer”, sugere Bárbara, que deixa seus peludos se esbaldarem nas brincadeiras com água. A American Bull Maya, de 2 anos e 8 meses, adora o banho de mangueira, assim como Boto, Luna e Luke.

Oferecer como petisco frutas geladas e sorvetes de suco de frutas permitidas aos animais (maça, banana, melão, melancia) e água de coco, é outra forma de amenizar os efeitos do calor. De olho nesta necessidade dos pets, foi inaugurada ontem, no bairro da Pituba, em Salvador, a Pet Lé - Bistrô Pet, que tem vários tipos de picolés próprios para pets.

DR. PET

Quais são os principais cuidados que o tutor deve ter com pet (cães, gatos e outros bichos) no Verão?

Oferecimento de água potável e fresca e trocar a água do cão várias vezes ao dia. Além disto, deve-se evitar exposição ao sol em horários mais quentes e em dias de alta incidência de radiação. Quando a exposição for inevitável utilizar protetor solar específico para cães, na região superior do focinho, pois é uma área mais desprovida de pelos e sujeita a queimaduras.

Do ponto de vista do ambiente, de que forma é possível proteger o animal?

O ideal é oferecer um ambiente mais fresco em dias muito quentes com ventiladores ou ar condicionado.

Quais as principais causas de hipertermia? Como reconhecer que o bichinho está nesta situação?

A maioria dos casos está associada ao passeio em horários muito quentes e a prática de alguma atividade física, caminhada extensa ou corrida. Outra situação em que pode haver hipertermia é quando esse cão fica em área externa sem abrigo, água quente, e sem possibilidade de se proteger do calor.

Por que isto ocorre?

Cães não possuem glândulas sudoríparas em toda extensão do corpo, salvo em pequenas áreas como os coxins plantares, que são insuficientes para a regulação térmica. Eles controlam a temperatura em situações de calor pela respiração, expirando o ar quente pela boca.

Quais os sintomas de que o animal está passando por um processo de hipertermia?

Se o cão está muito ofegante, tem marcha alterada, resiste ao exercício ou está com aparência de desmaio. Se estiver letárgico, deve-se imediatamente levar a um atendimento de emergência.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco