Drama de humanos e animais mobiliza baianos por doação

Atire a primeira pedra quem nunca descumpriu as recomendações veterinárias de evitar despedidas na hora de deixar seu cãozinho sozinho em casa para prevenir a ansiedade de separação. Agora imagina o que é deixá-lo para trás sem saber se você mesmo sobreviverá? Foi o que fizeram milhares de tutores gaúchos, muitos desaparecidos ou mortos em consequência da emergência climática que atinge o Rio Grande do Sul. Agora, amenizar o drama humano e dos mais de 10 mil animais resgatados por ONGs e voluntários no estado depende da solidariedade de brasileiros de todo o País.

O desafio é, além de manter o ritmo de resgates e assegurar o bem estar dos animais nos abrigos, encontrar novos lares para aqueles que não conseguiram reencontrar os seus antigos tutores. É com este objetivo que o Instituto Ampara Animal lançou o projeto denominado adoters.org.br. A intenção é encontrar novos lares para os animais, inicialmente na grande São Paulo.

O site adoters.org.br já está no ar cadastrando os animais resgatados. Segundo o instituto, há uma cláusula de devolução compulsória caso os tutores sejam encontrados. Para viabilizar as adoções, a Ampara está em busca de parceiros. A empresa MooviPet abraçou a causa. “Antes desta catástrofe a situação nos abrigos era complicada e sempre trabalhamos com ações sociais para viabilizar adoções”, explica Alan Danilo Viana Dantas, CEO da empresa que está oferecendo transporte grátis, do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro, dos pets resgatados em solo gaúcho. A ideia é atender as às necessidades de ONGs e permitir adoção responsável por parte de famílias interessadas. Há vagas para transportar 300 animais em cinco viagens. As reservas podem ser feitas no site da empresa www.moovipet.com.br. Para ter acesso à gratuidade basta aplicar o cupom JUNTOSPELORS. É necessário que o adotante tenha residência nas seguintes cidades: Porto Alegre, Criciúma, Florianópolis, Balneario Camboriú, Joinville, Curitiba, São Bernardo do Campo, São Paulo, Guarulhos São José dos Campos, Taubaté e Rio de Janeiro.

Doação

Além de novos tutores, os animais precisam de voluntários cuidadores, ração, remédios e produtos de higiene. Em Salvador, quase todos os shoppings tem pontos de coleta de ração. As necessidades tem mobilizado protetores como a empresária baiana Patruska Barreiro, 47 anos, que, por meio do instituto que leva seu nome, estimulou, em Salvador, junto com o Sindicato de Empresas do Ramo Pet (Serpet), a criação de postos de coleta em clínicas. “Estamos divulgando o site www.adoters.org.br e promovemos publicações para arrecadar valores para o Grad e a protetora @deisefalci”, disse.

Já a jornalista Carolina Campos mobilizou sua rede de amigos e arrecadou dinheiro para comprar 800 quilos de ração. “Eu amo os animais e fiquei bastante impactada e aflita com a situação deles na enchente. Isso me levou a mobilizar amigos pela causa animal”, disse. Em poucas horas, em um grupo de whatsapp, conseguiu arrecadar o equivalente a meia tonelada de ração. “Arrecadei R$ 5.535,00”, conta ela, que repassou em PIX para protetoras no RS.

Veja onde doar ração em Salvador

Shopping Itaigara - Praça central do shopping

Shopping Paseo - Piso L2 próximo ao cinema

Aeroporto de Salvador - Coleta feita por funcionários na Azul

Unifacs - Campus Paralela, Lapa e Tancredo Neves

Corpo de Bombeiros - Todos os quartéis

DR. PET

Veja de que forma é possível adotar um animal resgatado no Rio Grande do Sul

Caso alguém deseje adotar um animalzinho, como deve proceder?

Para adotar é necessário entrar em contato diretamente com as ONGs atuantes no Rio Grande Sul. É necessário que o adotado tenha residência em cidades dentro deste percurso: Porto Alegre, Criciúma, Florianópolis, Balneario Camboriú, Joinville, Curitiba, São Bernardo do Campo, São Paulo, Guarulhos São José dos Campos, Taubaté ou Rio de Janeiro. As reservas devem ser feitas pelas ONGs atuantes nessas localidades.

Por que não há disponibilidade de animais resgatados do Rio Grande do Sul na Bahia?

Muitos animais não estão em condições físicas e emocionais para fazer viagens muito longas e não temos o histórico vacinal desses animais. O Rio de Janeiro é o destino mais distante que conseguimos chegar com segurança.

Fonte: Moovipet