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Por HIlcélia Falcão

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ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 16 de novembro de 2025 às 10:14 h | Autor:

Pet no colo ou na janela é multa gravíssima; veja como viajar com segurança

Descubra dicas importantes para animais serem transportados nos carros

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Imagem ilustrativa da imagem Pet no colo ou na janela é multa gravíssima; veja como viajar com segurança
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Sabe aquela cena de um cão feliz, no colo do tutor, no banco da frente do carro com a janela aberta? Se você faz isso, está colocando em risco sua família e o seu pet. E mais: transportá-lo assim, sobretudo em longas distâncias, é infração de trânsito sujeita a multa prevista em lei. Com o fim de ano chegando e as férias de verão à vista, é importante conhecer as regras de transporte de animais.

“Segurança é prioridade. O transporte deve ser feito em equipamentos adequados: caixas de transporte, cintos de segurança específicos ou cadeirinha para pets”, alerta a médica veterinária Aline Quintela, 47 anos, coordenadora do curso de medicina veterinária da Unifacs. Ela reforça ainda que a primeira providência antes da viagem é uma consulta veterinária para avaliar as condições de saúde do animal.

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Sempre presos

Cães, gatos e outros pets jamais devem ficar soltos no veículo. Eles devem viajar no banco de trás, presos no cinto de segurança específico para animais ou em caixas de transporte. Também é proibido levá-los na parte externa de uma pick-up.

Sandra Haar Guimarães
Sandra Haar Guimarães | Foto: Arquivo pessoal

Viajar com pets de carro exige preparo. “Viajar não é algo natural para os pets, sendo assim, o mais importante é conhecer o comportamento do seu animal em ambientes estranhos, na presença de pessoas estranhas ou outros animais”, orienta Sandra Haas Guimarães, 61 anos, adestradora especialista em comportamento animal. O ideal é que o pet seja acostumado a usar a caixa de transporte.

Segundo ela, pets normalmente são muito ligados a rotinas e previsibilidade dos fatos. Por conta disto, explica, uma viagem pode deixá-los bastante desconfortáveis e inquietos. Para evitar isto, deve haver uma preparação prévia e até, se for o caso, a decisão consciente de não levá-lo numa viagem. Para isto, há hospedagens seguras para animais.

Segundo Sandra, cães com muito medo tendem a latir sem parar, tentam atacar quem passa e se agitam muito dentro do carro. Cães quietos demais também podem estar com medo e, quando atados a cintos de segurança, podem roê-los até se soltar.

“Muitos ficam enjoados, passam mal; outros tem medo e passam a apresentar comportamentos que podem até colocar o condutor e passageiros em risco”, descreve Sandra. Foi por isto que a professora de inglês Mikar Menezes. 31 anos, recorreu a Sandra para preparar a SRD Daisy para uma viagem aos Estados Unidos onde foi morar.

SRD Daisy com tutora e marido
SRD Daisy com tutora e marido | Foto: Arquivo pessoal

Por causa da necessidade de oferecer segurança e conforto ao animal, Mikar viajou de carro de Salvador a São Paulo, por três dias, com o esposo, antes do embarque internacional. “Ficamos preocupados com ela viajar na parte de baixo do avião então decidimos ir para São Paulo de carro”, conta.

Segundo ela, a preparação mais importante foi com o adestramento. “Sem Sandra, nada teria sido possível. Ela trabalhou muito com a gente para deixar Daisy pronta. De toda a viagem que fizemos, a parte onde Daisy ficou mais tranquila e obediente foi no aeroporto. Ela esperava os comandos e sabia o que fazer. Foi perfeito!”, conta, refrindo-se à parte internacional da viagem.

É sempre perfeito com a Shih-tzu Luma, 6 anos, acostumada a viajar desde filhote. “Ela ama viajar, quando pego a caixinha de viagem, já fica feliz”, conta Paloma Rocha das Neves, 32 anos, administradora e professora.

Segundo ela, que prioriza segurança, temperatura agradável e conforto, Luma dorme a maior parte do caminho. Na mochilinha, leva brinquedos, petiscos, ração, portes de água e ração, tapete higiênio, ‘xuxa’ e pente para cabelo, toalha e xampu a seco.

Quatro desafios

Se viajar com um pet é desafiador, imagina fazer isto com quatro, três deles de grande porte. A logística de fazer um passeio de carro de longa distância com Charlotte (pastor australiano), 1 ano e meio, Títi (husky siberiano, 1 ano e meio, Barthô (pastor australiano), 5 meses, e Brutus (bulldog francês), 9 anos, é complexa.

“Vamos em dois carros, respeitando as necessidades de cada um. A Charlotte enjoa, a Títi só quer ficar olhando pela janela, e o Brutus, por ser mais velhinho, precisa de mais atenção”, conta Priscila Bittencourt, 35 anos, representante comercial.

Ela explica que o mais desafiador é acostumá-los a ficar mais temo dentro do arro e organizar as paradas para xixi e cocô ao longo do caminho.

Eles viajam presos com cinto de segurança para animais - cada um com o seu, claro - no banco de trás do veículo que tem uma capa de proteção no banco, própria para transporte de animais. “Levamos saquinhos para recolher as necessidades, uma caixinha de remédios para qualquer emergência e vários brinquedos”, descreve.

A melhor dica para tutores de primeira viagem, recomenda Priscila, é ir adaptando o animal aos poucos. Primeiro, deixar que ele se familiarize com a caixa de transporte, fazer passeios curtos de carro antes da viagem e criar experiências positivas até que aquilo se torne natural.

DR. PET

Aprenda como planejar e o que levar para evitar surpresas

Qual a primeira providência ao planejar uma viagem com o pet?

Agendar uma consulta veterinária. O médico veterinário avaliará se o animal está em boas condições de saúde para viajar e poderá orientar sobre alimentação, medicações e eventuais exames, além de atualizar vacinas e vermífugos.

Como proceder durante a viagem?

O ideal é fazer paradas a cada duas ou três horas para oferecer água, permitir que o cão urine, caminhe e se alongue.

Que itens são essenciais?

Indico montar um “kit de viagem pet”: carteira de vacinação; ração e petiscos; água e potes próprios; coleira e guia; tapete higiênico e saquinhos para recolher as fezes, caminha, escova, toalha e itens de higiene; repelente e protetor solar veterinário.

Fonte: med. vet. Aline Quintela

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