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Papo Pet

Por Hilcelia Falcão

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ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 15 de dezembro de 2024 às 3:30 h • Atualizada em 15/12/2024 às 12:14 | Autor:

Rotina de bem-estar assegura vida longa aos animais

Superidosos colhem fruto dos cuidados dos tutores

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Apesar das comorbidades, Bruce é ativo para a idade
Apesar das comorbidades, Bruce é ativo para a idade -

Foi-se o tempo em que animais de estimação longevos eram uma exceção. Agora, graças aos avanços da medicina veterinária e aos cuidados dos tutores, uma nova categoria etária virou realidade na rotina dos profissionais da área: os pets superidosos. Este é o caso de Bruce, um cãozinho de 18 anos, e da gatinha Guizo, 14 anos. Ambos convivem com as doenças da terceira idade mas, graças ao acompanhamento médico e ao cuidado dos tutores, têm qualidade de vida sem intercorrências graves.

A gatinha Guizo é tão serelepe que nem parece ser tão longeva. “Pode parecer brincadeira, mas Guizo, realmente, não parece que tem 14 anos, escuto muito isso, todo mundo que tem o prazer de conhecê-la”, afirma a professora de teatro Roseli Aguiar, tutora de Guizo. Em janeiro deste ano, ela perdeu Ravena, outra gatinha, que viveu 15 anos, mas foi afetada por um tumor muito agressivo. A expectativa média de vida de um gato doméstico é de 15 anos, mas há casos de animais da espécie que passaram dos 20 anos.

“Costumo ver que a maior parte desses pacientes possui em sua rotina alimentação natural. O ritmo de vida também costuma ser tranquilo e as famílias costumam ser muito cuidadosas com rotina de horários, realizar exames preventivos, a higiene e em dar atenção a eles”, explica a médica veterinária Viviane Abreu. Para ela, o estilo de vida dos tutores e a forma como eles cuidam dos seus animais são fatores determinantes na prolongação da vida dos bichos.

O paciente mais velho que ela já atendeu era um canino de 24 anos. Segundo Viviane, o ritmo de vida era tranquilo, ele sempre tinha a companhia de alguém e acesso a alimentação natural desde filhote. O segundo mais longevo dos seus pacientes era um felino de 23 anos. “Ele morava em casa, tinha acesso à natureza, caçava pequenos animais e possuía uma vida sem grandes estresses”, conta Viviane. Geralmente a terceira idade chega para os gatos, a partir dos 8 e 9 anos, e cães, a depender do porte, entre 7 e 9 anos.

Cuidados

A disposição dos tutores para abraçar a causa animal e ter isto como prioridade no cuidado com os seus bichos é o diferencial que assegura mais anos de vida aos pets. Mesmo sendo um “marinheiro de primeira viagem”, qualquer humano pode ser fundamental para oferecer condições adequadas aos animais. “Antes de Bruce, nunca tive animal de estimação, logo não tinha noção de todos os cuidados que devemos ter, mas quando ganhei, procurei ler, conversar com pessoas e levei logo ao veterinário”, conta a enfermeira Débora Belo Capinan, 46 anos. Segundo ela, desde o início, sempre fez exames, acompanhamentos, vacinas em dia e vermifugação. “Sempre segui as orientações dos profissionais”, afirma.

Um ponto de atenção, além dos cuidados básicos, é estar em alerta no momento em que o animal entra na terceira idade. Em geral, o comportamento costuma mudar e as necessidades também. “Bruce sempre foi ativo, mas com uns 14 anos, começou a apresentar disfunção renal, interagindo menos, ficando mais quietinho”, conta Débora. Hoje aos 18, Bruce tem acompanhamento para insuficiência renal, hipertensão, cardiopatia , tumor oncológico, catarata e alterações na coluna mas, graças à medicina integrativa, aos medicamentos e aos avanços na medicina veterinária, tem uma vida normal. “As pessoas, até os veterinários se surpreendem com ele pois tem quase 19 anos e um cognitivo muito bom para idade”, afirma Débora.

No fim das contas, as regras para garantir longevidade ao bichinho de estimação são semelhantes às dos humanos. Mas o que é preciso oferecê-los para garantir anos a mais de vida? “Boa alimentação, exercícios rotineiros, brincadeiras, amizades com outros animais, contato com a natureza e uma vida tranquila”, ensina Viviane.

Dr. Pet - Aprenda o que fazer para dar mais anos de vida ao seu bichinho

Que erros os tutores costumam cometer e comprometem a saúde do pet e encurtam a vida dele?

Fornecer alimentos inadequados, administrar medicamentos sem orientação veterinária adequada, obrigar o animal a vivenciar situações de estresse e achar que manter o animal (cães ) somente em casa ou presos e que está tudo bem . Eles também precisam relaxar, de espaço apropriado, se divertir e criar memórias boas.

O que deve ser alterado na rotina dos animais idosos?

Consultar com profissional veterinário para realizar exames de check up com maior frequência, verificar necessidade de cuidados no ambiente (piso, altura dos potes de comida e água, tempo e ritmo de passeio) , de suplementos e tipo de alimentação (menos gordura e alimentos de difícil digestão).

Quais as comorbidades mais comuns em cães idosos? Como lidar com elas?

Problemas de fígado e dentários; problemas articulares, oncológicos, cardíacos e renais.

Que avanços da medicina veterinária podem ajudar tutores e fazer com que seus pets vivam mais?

Hoje a Medicina Integrativa (aupuntura, laserterapia, homeopatia) é altamente recomendada como prevenção.

Fonte: Veterinária Viviane Abreu

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