Agora que os vices saem da toca, né, pai?

Fala, miséra! Ontem tirei o dia pra ir lá na Igreja do Bonfim me benzer, porque ói... Só muito olho gordo e mandinga de rubro-negro recalcado pra explicar o desabamento de rendimento do meu Tricolor (tô achando que foi o miserável daquele meu colega, que tirou férias só pra não ser linchado no trabalho). Sábado eu deixei até de assistir a final da Xampios Ligue pra ter o desgosto de ver meu Bahêa dar (lá ele!) a vaga (mais lá ele!) pro Vitorinha. Daê, quando foi ontem, esperei nem a ressaca passar e tratei logo de pegar a magrela do Itaú (as mina fitness pira) e me picar pro Bonfim. Cheguei lá, um solzão e uma fila da miséra pra pedir bênção - não tinha um ambulante vendendo cerveja... Ser devoto é puxado. Lá pelas tantas chega minha vez e pedi logo o pacote (lá ele!) completo: uma reza pro orixá, uma reza pro santo, banho de cheiro, banho de pipoca e uma fitinha branca (que vira amarela em dois tempos), com direito a três desejos (Bahia na Série A, Bahia campeão da Série B e o Vice empacado na segundona). Só que antes dos banhos o pai de santo me perguntou por quê de tanta aflição. Abri (lá ele!) o coração pro cabra. Falei do Bahêa, do medo da mandinga do mal e do colega secador. Sabe o que ele disse? Que foi mandinga, sim. E quem fez foi ele! Fui, banda mel!