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A cruzada do algodão contra a burocracia

Publicado sexta-feira, 16 de junho de 2017 às 10:05 h | Atualizado em 16/06/2017, 12:08 | Autor: [email protected]

 Júlio Cezar Busato, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), diz que os produtores de algodão do oeste baiano estão preocupados com o fortalecimento do fungo que causa a ramulária, principal doença do algodão e que chega a causar perda de 40% da produção quando ataca.  

Na Bahia, o algodão é uma das principais culturas. São 202 mil hectares de plantação, que deve representar, em 2017, aproximadamente R$ 2,4 bilhões. 

Os agricultores buscam controlar a praga que causa a ramulária com fungicidas, mas os produtos que estão na praça brasileira estão perdendo a eficiência. É como bactéria e antibiótico: quanto mais forte o remédio, mais resistência cria o bicho.

 Registros –  Só há duas saídas: encontrar uma variedade de algodão que resista à praga – o que demanda anos de pesquisa – ou agilizar, junto ao Ministério da Agricultura, as autorizações para registro de fungicidas eficientes, já usados em outros países. O problema: o processo demora às vezes oito anos, pela burocracia. Até lá, já era.

– Se não resolvermos nos próximos dois anos, vai haver riscos – diz Busato.

O pleito dos produtores ao ministério é o de que se crie uma espécie de genérico do fungicida para o algodão. Aguardam resposta positiva. 

 PIB –  O agronegócio, aliás, tem sido o setor que está segurando as pontas da Bahia e também o otimismo da economia do país.

– Está sendo bom para o país, para o PIB e para a balança comercial. Mas o agricultor está tendo um gasto maior em função do alto custo e da infraestrutura precária, ou seja,  ferrovia e portos. 

Eles inventam uma história falsa de conluio com a Rússia, não encontram nenhuma prova. É tudo mentira
O senador afastado faz uso espúrio do poder político

 Arraiá da AL-BA 

Animado foi o arraiá da Assembleia Legislativa este ano. Jaques Wagner (PT), que deu uma passada na Casa quarta-feira para dar um dedo de prosa com deputados, não pensou duas vezes e caiu no forró. 

Mas não foi com Fatinha, não. Fez par com  várias idosas do Lar São José, que participaram do Forró Solidário, organizado por Eleusa, esposa de Ângelo Coronel (PSD). Dançou para mais de hora, que suou. 

Fôlego –  Os decanos Reinaldo Braga e Jurandy Oliveira arrastaram pé como poucos moços ali. Já noite adentro, tinha deputado suficiente para votar uma emenda constitucional – contou um conhecido de lá. A coisa foi tão boa que teve até quadrilha! Sim, aquela dança das festas juninas.

Briga universitária

O caso da suspensão, pela Justiça, do concurso que a Uneb estava realizando para contratar Reda continua rendendo... briga. Como se sabe, o Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos alega que o processo seletivo era inconstitucional, porque as atribuições dos futuros contratados são “típicas de servidores públicos efetivos”. 

 Colisão –  Mas nos bastidores comentam que a história foi a gota d’água para os sindicalistas. Antes aliados, agora criticam abertamente o reitor José Bites. Alguns deles até o têm chamado de traidor. Bites vem usando como argumento o limite prudencial. Mas a “desculpa” não caiu bem.

Colaborou Yuri Silva

POUCAS & BOAS

*A nova do deputado pastor Sargento Isidório é a defesa do ensino bíblico na rede estadual de ensino, pegando ensinos infantil, fundamental e médio. Apresentou projeto de lei e vai martelar na cabeça dos pares. Para ele, a Bíblia, que é um bem imaterial desde 2016 (por meio de projeto dele, que  conseguiu aprovar após muita grita), não discrimina religião nenhuma. “É a sabedoria, a palavra de Deus”, diz ele. 

* Começou ontem e vai até domingo  o X Campeonato Estadual de Quadrilhas Juninas da Bahia, que acontece na Praça da Revolução, em Periperi (subúrbio ferroviário). As quadrilhas estão sendo patrocinadas pela Bahiatursa, que busca trabalhar o São João da Bahia e suas peculiaridades como produto turístico. No Pelourinho, o São João oficial começa na próxima quinta, 22, e vai até o domingo, 24. Tudo de graça.

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