Baiana de acarajé conquista o mundo
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A baiana de acarajé passou a ser protagonista, em escala mundial, nas ações de salvaguarda do patrimônio imaterial, obtendo a unanimidade de 196 nações distribuídas nos cinco continentes.
O reconhecimento veio depois de aprovada a proposta enviada pela Associação das Bahianas de Acarajé, Mingaus, Receptivos e Similares (Abam), para fazer parte de um comitê intergovernamental organizado pela Unesco.
Ao voltar de Paris, onde participou do encontro para ratificar a condição de integrante do comitê, a presidenta da Abam, Rita Santos, não teve como conter o entusiasmo pelo alcance da vitória obtida.
Para Rita Santos, o acarajé da Bahia e do Brasil agora também está mais perto de ser considerado Patrimônio da Humanidade, honrando a memória e o legado de 3 milhões e meio de antepassados escravizados em quatro séculos.
Missão –“Foi difícil, pois tivemos de traduzir o estatuto da Abam para o francês, assim como todos os itens pedidos pelo edital, mas no final, tudo deu certo, e nos classificamos entre entre 75 entidades civis candidatas”, afirma Rita Santos, toda sorrisos, ao cumprir a missão com êxito.
O apoio para a Abam veio da professora Vanessa Castañeda, ao elaborar a proposta enviada ao Conselho Consultivo de ONGs, defendida em 20 minutos de audiência por Rita Santos, em Paris.
Já de volta da França, a líder das baianas viajou com apoio do Ministério da Igualdade Racial, tendo como companhias o presidente da Rede de Bens de Patrimônio Imaterial, Danilo Moura, além de Táti Moura, pela Fundação Palmares. A expectativa agora é a de obter maior atenção dos poderes públicos.
Carlos Ribeiro é imortal
Jornalista com fecunda história em A TARDE, professor, escritor e duas vezes imortal, a primeira pela Academia de Letras da Bahia, e agora, pela Academia Mineira, na companhia de Conceição Evaristo. Eis a trajetória com o qual orgulha toda a baianidade o soteropolitano Carlos Jesus Ribeiro. O novo título foi outorgado pelo governo das Minas Gerais, concedido a personalidades comprovadamente contribuintes para o desenvolvimento intelectual, afetivo e moral. “É uma honra imensa receber a medalha na Academia Mineira de Letras, com a qual a Academia de Letras da Bahia compartilha princípios democráticos”, afirmou ele.