Candomblé unido cria “Poder Preto”
Confira a coluna Tempo Presente
Mais de 200 representantes de terreiros de candomblé do município de São Francisco do Conde e vizinhos do Recôncavo firmaram um pacto de união com o objetivo de apoiar os candidatos do proclamado "Poder Preto", a fim de disputar cargos eletivos e ocupar espaços de poder nas instituições.
A ideia é resistir à expansão de extremismos religiosos, baseados na “teologia do domínio”, além de repudiar o preconceito agressor da laicidade prevista na Constituição Federal do Brasil.
Laicidade é quando se mantém o Estado e seus entes federativos neutros ou distantes em igual proporção de todos os credos, ao contrário do contexto verificado no Brasil, país no qual vem ocorrendo uma escalada de extremistas de crença pentecostal.
A proposta foi aprovada por unanimidade, de pé e sob aplausos da plateia presente para a entrega recente do Troféu Axé, tendo sido a coluna Tempo Presente, da editoria de Opinião de A TARDE, uma das homenageadas pelo apoio irrestrito à causa antirracista.
- O encontro serviu para marcar, junto a toda a comunidade do Recôncavo baiano, a importância de nos unirmos visando ocupar espaços, que já são nossos no cotidiano, dada a riqueza cultural dos terreiros - afirma a ekéde Patrícia de Ogum, uma das atuais baluartes do ancestral candomblé afro-baiano.
Na perspectiva de ampliar a participação do candomblé nas Câmaras municipais, nas prefeituras e no Congresso Nacional, teve início a regularização fundiária dos terreiros franciscanos e de outros municípios.
Entre os profissionais de educação homenageados com a honraria de “defensor do legado e das tradições afro-baianas”, destacaram-se os professores Pedro Leiva, da Universidade Unilab, e Pai Bira, de Irecê, na Região Central do estado.
Feira das Letras em Ibitiara
A Pedra da Doida e o Morro da Pinga seguirão dominando a paisagem indizível, em suas trilhas de outro mundo, mas agora o município de Ibitiara ganhou um segundo motivo, não menos importante, para admirar-se: a promoção da 1ª. Feira Intercultural. Amanhã e depois, escritoras e escritores estarão presentes em rodas de conversa versando em torno dos temas e gêneros literários recuperados por pesquisa histórica. Entre os presentes, está confirmado o articulista de A TARDE e professor da Universidade do Estado da Bahia, além de associado ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, doutor Gildeci de Oliveira Leite.