Catar e brincar na EcoFolia Solidária
Confira a coluna Tempo Presente

As catadoras e catadores de material reciclável passam o ano contribuindo com a limpeza urbana, faça chuva, faça sol, domingos, feriados e dias úteis, mas são invisíveis para a cidade, mesmo muitas vezes carregando grandes quantidades na contramão das avenidas.
Uma boa ajuda para as pessoas passarem a enxergar a importância destes trabalhadores virá amanhã, quando o bloco Ecofolia Solidária sair às ruas, preparando Salvador para mais um Carnaval.
O “cordão” tem como objetivo chamar a atenção para o trabalho de catar latas, embalagens plásticas, papelão e vasilhames diversos, entre outros materiais espalhados pelo chão da praça, pois o hábito de utilizar bem os contêineres de lixo não carregou 100% em Soterópolis.
O tema deste ano é “Trabalho Decente na Folia”, saindo o cortejo do Forte de Santo Antônio (Museu Náutico da Bahia, Farol da Barra), por volta das 16 horas de amanhã.
Está confirmada a participação da banda percussiva feminina Yayá Muxima, trabalhando repertórios popular, afro-baiano e autoral, com o “asé” de puxar 500 pessoas, entre servidores públicos, catadoras, representantes de cooperativas de reciclagem e lideranças da burocracia estatal.
E depois do desfile? Bem, é hora de pegar no batente, tudo de novo, pois a sociedade de consumo não pode existir sem o descarte dos produtos e mercadorias, de onde a importância cada vez maior desta categoria de trabalhadores despercebidos no cotidiano da cidade.
O projeto Ecofolia Solidária, iniciativa do Governo da Bahia, vai apoiar 3 mil catadores de material reciclável durante a festa ao viabilizar a compra dos rejeitos em 13 centrais de apoio ao catador espalhadas no trajeto do Carnaval.
Comunidade escolar na folia
Não faltam referências de grandes baianas e baianos para serem homenageados pelo Bloco Extra-Classe, criado com a proposta de reunir professores e alunos para pular Carnaval. Os rolés momescos, mapeados entre a Rua Miguel Bournier e o Forte de Santo Antônio (Museu Náutico da Bahia), têm entre seus mais animados foliões o professor de inglês, Alex Prong. A ideia de criar o bloco contou logo com o apoio de colegas docentes, como Fábio Garcia e Itto Eduardo Agra, também “inteirado” das artes de escrever com a luz, produzindo belas fotos do cordão fundado pouco antes da pandemia, em janeiro de 2020.