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Publicado sábado, 18 de janeiro de 2025 às 1:00 h | Autor:

CNJ quer Judiciário atento a quilombos

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Imagem ilustrativa da imagem CNJ quer Judiciário atento a quilombos
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Saiu uma nova regulamentação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) alertando para as cortes de todo o País zelarem pelo dever de esforçar-se para garantir acesso aos trâmites do Poder Judiciário para cidadãs e cidadãos integrantes de comunidades remanescentes dos “quilombos”.

A notícia pode beneficiar as 747 comunas pretas certificadas na Bahia, o Estado campeão brasileiro na resistência à escravidão, mantendo perfil contemporâneo, pois a luta não acabou.

O alerta é o primeiro passo da “Política Judiciária de Atenção às Comunidades Quilombolas”, instituída pelo CNJ, conforme a Resolução n. 599, de 13 de dezembro de 2024.

Como se não bastassem a Constituição Federal e todas as leis antirracistas voltadas para a redução de desigualdades, vigendo em abundância, a “Política” recomenda o reconhecimento dos direitos dos descendentes de escravizados arrancados de seus lares e palácios na África para tornarem-se propriedade, mercadoria e mão de obra gratuita visando ao enriquecimento ilícito de “nobres ladrões”, os primeiros latifundiários instalados no Brasil.

A ideia é facilitar o contato com as comunidades, muitas delas situadas distantes dos fóruns, por conta mesmo da necessidade de buscar refúgio em locais isolados, para escapar dos capitães do mato a serviço dos senhores brancos.

Entre os territórios certificados na Bahia, o quilombo do Remanso, a 18 quilômetros da sede do município de Lençóis, deverá merecer mais atenção, senão por dever humanitário, certamente pela importância para o turismo, pois de lá partem as canoas para os disputados passeios pelo encantador destino do Pantanal dos Marimbus.

Pianista Celice Silveira

O auditório da Biblioteca Anisio Teixeira, o “Casarão do Saber”, recebe hoje às 10 horas a apresentação do projeto da série “Celice”, de autoria da Wayra Projetos Culturais. O objetivo é o de interpretar a história da jovem pianista preta Celice Silveira, a partir de informações mais aceitas sobre a trajetória vivida nos anos 1940 pela descendente de escravizados ousada o suficiente para aprender a lidar com o instrumento musical mais identificado com a tradição da elite escravocrata. Está programada uma leitura comentada dos textos da série, com a participação da criadora, roteirista e historiadora, Wayra Silveira, e da roteirista assistente, Ayala Aoli.

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