Codeba com o PR: será o ‘caça-fantasmas’?
A Codeba nomeou, nesta sexta-feira, 12, seu novo presidente, o engenheiro Rondon Brandão do Vale e, na prática, isso quer dizer que a indicação para o comando da estatal federal sai das mãos do MDB (antigo PMDB), dos desgastados irmãos Vieira Lima, para as do PR. Rondon é indicação do deputado federal José Rocha.
É um cargo de segundo escalão importante que o partido perde após o bunker de R$ 51 milhões que acertaram em cheio Geddel e, depois, Lúcio. Foi Lúcio, aliás, quem indicou os dois ex-comandos da estatal: Pedro Dantas, que assumiu em julho de 2016 mas pediu para sair há 46 dias, e o diretor Administrativo e Financeiro, Erianísio Borges, que ficou à frente de forma provisória até ontem.
Antes deles, o presidente era José Muniz, indicação do PSD, do senador Otto Alencar, que deixou o cargo à disposição tão logo Temer assumiu interinamente a Presidência da República em 2016. A Codeba administra os portos de Salvador, Ilhéus e Aratu-Candeias.
Fantasmas – O maior desafio do novo gestor será vencer as disputas políticas internas. E fazer com que a turma de Lúcio trabalhe. O deputado teria indicado não só antigo presidente e diretorias como cargos comissionados, que ninguém vê trabalhando. O preço de cada ‘fantasma’ chega a R$ 12 mil por mês, dizem outros.
Aliás, teria sido esse o motivo pelo qual Dantas teria pedido para sair. À boca pequena dizia que não tinha equipe. Por essas e outras, Rondon terá pela frente o desafio de fazer o povo trabalhar e dar um up nos portos administrados pela Codeba, estatal que tem dinheiro para investir em obras para tornar os portos públicos eficazes e eficientes. O que ainda não se vê.
A decisão foi técnica, normal
Reestruturação na Adab
A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) deve passar por um processo de reestruturação. Uma comissão foi formada no dia 08/01 com diretores e técnicos da agência e representantes da Seagri, com previsão de nos próximos 30 dias apresentar um relatório ao governador Rui Costa com balanço do cenário e propostas de mudanças. Para o diretor-geral Paulo Cezar, a medida é fundamental para modernizar a atuação da agência.
Recursos para a UFBA
O Hospital Universitário Edgard Santos (Hupes) e a maternidade Climério de Oliveira, ambos administrados pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), irão receber cerca de R$ 1,1 milhão neste início de ano para tocar os trabalhos de atendimento à população. Ao todo, R$ 701 mil irão para o Hupes e
R$ 480 mil para a maternidade.
O montante integra a antecipação de R$ 31 milhões às 48 unidades de hospitais universitários no País, anunciada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, na última terça. Os recursos são do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). O Ministério da Educação informa que o objetivo é o de permitir que esses hospitais universitários possam começar 2018 investindo em melhorias.
Comércio espera crescer 10%
A Fecomércio-BA acompanha o clima positivo dos índices divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Os dirigentes do comércio varejista estimam um crescimento de 10% em 2018 na comparação com 2017, atingindo um faturamento de R$ 66 bilhões, ou seja, um aumento de R$ 6 bilhões no varejo do Estado.
Entre as dez atividades analisadas pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), oito devem registrar variação positiva, uma estabilidade (Outras Atividades) e uma retração, -3% no setor de Concessionárias de Veículos.
Supermercados – O destaque para este ano fica para a área supermercadista, com crescimento de 11%, atingindo 23,8 bilhões de faturamento. Por ter o maior faturamento do Estado, este setor exerce mais influência sobre o resultado final, o que significa 3,8 pontos percentuais em participação absoluta.
As demais variações positivas são das seguintes atividades: Autopeças e Acessórios (+32%), Eletrodomésticos e Eletrônicos (+29%), Móveis e Decoração (+16%), Farmácias e Perfumarias (+11%), Vestuário, Tecidos e Calçados (+7%), Departamentos (+4%) e Materiais de Construção (+3%).
Incremento – O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) fechou o ano passado com quase 84 pontos, 4% superior ao registrado no final de 2016. E o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) encerrou 2017 com patamar 8% maior que no ano anterior, de 107 pontos (em ambas as pesquisas a pontuação varia entre 0 e 200 pontos).
Colaboraram Regina Bochicchio, Miriam Hermes, Luiz Serpa e Paulo Leandro
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