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Descriminalizar drogas, o debate que está posto

Publicado domingo, 23 de abril de 2017 às 10:00 h | Atualizado em 23/04/2017, 10:46 | Autor: [email protected]

Cresce no Brasil, na Bahia também, o debate em favor da descriminalização das drogas. O que se diz: a forma de enfrentamento adotada pelo Estado hoje é o do combate armado queresulta numa guerra sem fim e institui uma carnificina. O pior: a PM entra numa briga que não deveria ser dela, e paga caro, em vidas. Em suma, a questão é de saúde pública, como o álcool e o cigarro, não de polícia.

O time dos defensores é absolutamente insuspeito. Gente do Ministério Público, do Judiciário, da Polícia Civil, agora fortalecidos com o apoio de dois notáveis, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ministro Luiz Barroso, do STF.

O médico Túlio Costa, pós-doutor em anestesiologia, professor da Uneb, especialista em dor, há muito engorda o time dos que lutam pela liberação da maconha para fins medicinais. Nem isso consegue:

— É um absurdo. Imagine que a anestesia de dentista é feita à base de cocaína. E o Brasil proíbe o uso da cannabis, mas importa o remédio até por decisão judicial.

Os dois cenários dão a ideia de que há longo caminho a percorrer. Mas enfim se vê a busca de uma saída sensata.

Negoção — Túlio diz só entender tais coisas pela preservação dos altos interesses de alguns, inclusive do comércio de armas:

— Em alguns países como a Holanda a liberação foi feita e as estatísticas não mudaram. Aqui, há muitos interesses por trás.

Do jeito que é, muitos lucram.

Integração do bem

A parceria que a Secretaria de Educação do Estado está fazendo com o Cimatec vai começar logo, com a instalação, no Colégio Central, de um superlaboratório para alunos dos cursos profissionalizantes. Adiante, pretende conectar toda a rede estadual ao supercomputador de lá. É coisa fina.

Essa expressão se referia ao ex-presidente Lula, por causa de uma propaganda que existia que a Brahma é a nº 1

Apresento todos os fatos com nomes, endereços e operações realizadas

Nasce a UDP

Cansados de ver suas terras invadidas pelo MST e supostos índios, produtores de cacau decidiram fundar a União de Defesa da Propriedade (UDP), com sede em Ilhéus.

Luiz Henrique Uaquim, um dos fundadores e dirigentes, diz que ninguém aguenta mais tantas invasões:

— Nos 94 municípios da região do cacau não há latifúndios. Não há como fazer assentamentos. Queremos que o governo veja isso.

Quase parando

O Rio São Francisco tem um dado trágico: os afluentes da barragem de Sobradinho até a foz, 748 quilômetros de extensão, estão mortos.

A água que chega em Paulo Afonso vem do oeste baiano ou de Minas. E como é pouca, as usinas de Paulo Afonso 1, 2 e 3 estão paradas. Só funciona a 4. Ou chove ou racha.

Epigrama do Mantega

Investigado na Lava Jato, Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, se recusou a firmar compromisso legal de dizer a verdade em depoimento prestado no TSE, no processo que julga a chapa Dilma-Temer por supostas irregularidades nas contas das eleições de 2014 (Dilma ganhou de Aécio Neves).

Baseando-se no artigo 342 do Código Penal, o ex ministro de Lula e Dilma disse ao relator do processo, Herman Benjamin, que 'faria uso de seu direito constitucional de não dizer a verdade'. Como quem cala, consente, Antonio Lins mandou-lhe o epigrama:

Certo, foi de magarefes

Que partiu tal maravilha!

Na "defesa" de seus chefes

Entregou toda a quadrilha

POUCAS & BOAS

Fechada desde 2014, por birra do ex-prefeito Jean Cavalcanti, a Santa Casa de Cruz das Almas reabriu há um mês e já fez 290 atendimentos, entre eles 131 partos e 62 cirurgias de hérnia. Mostra que fechada, só quem perde é o povo.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Tal e qual

Antonio Lins, o homem aí do epigrama, conta que o pai dele, o ex-deputado Wilson Lins, lhe contou que certa feita Lomanto Júnior, deputado estadual, lá pelo final dos anos 50, procurou Octávio Mangabeira, ex-governador, senador eleito, para comunicar-lhe que foi eleito governador do Rotary Clube.

Notou que Octávio não se entusiasmou com a notícia, perguntou:

— O senhor sabe o que é ser governador do Rotary, senador?

E Octávio:

— Sei, sim. É qualquer coisa parecida com o Imperador do Divino.

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