Encontro discute o vício em jogos
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Não é o caso de confundir a legalidade de um jogo com seus efeitos para a saúde mental dos apostadores, mas sim de debater o sofrimento resultante do vício, produzindo tristeza e sofrimento para o doente e seus familiares.
Esta proposição está em pauta, hoje, em Salvador, com a presença de psicólogos especializados no tratamento de práticas viciosas, para um encontro com colegas soteropolitanos, alarmados com o avanço dos jogos por conta de fatores favoráveis.
O lucro certo para os investidores, pois o apostador pode ganhar várias vezes, mas perderá tudo, em algum momento; a receita oriunda da taxação de impostos pelo governo federal; e o movimento financeiro de anúncios publicitários e afins estão entre os aspectos capazes de impulsionar o jogo no Brasil.
O País saiu de uma modestíssima décima posição, para liderar mundialmente o volume de apostas, no início da gestão anterior do governo federal, devendo manter o primeiro lugar, com folga, se não for tomada alguma providência o mais breve possível, na visão dos psicólogos.
– A dependência em jogos começa quando a diversão sai do controle e traz prejuízos significativos ao indivíduo, gerando ansiedade, problemas financeiros e emocionais que impactam em sua qualidade de vida – afirma o psicólogo Pablo Sauce, um dos debatedores confirmados para o encontro desta de hoje, 19h30min, em Pituaçu.
Ao lado de Guacira Cavalcante, especializada no tratamento das chamadas “adições”, Pablo Sauce destaca o fato de a pessoa tentar esconder o vício, “mas as consequências acabam afetando a família e sua relação com o mundo, criando um ciclo de sofrimento difícil de romper".
Migração em debate
Ilhéus, Itabuna, Jequié, Vitória da Conquista e Feira de Santana são os municípios baianos onde levas de imigrantes e refugiados da etnia indígena Warao, da Venezuela, vêm se estabelecendo, conforme será debatido na pauta do Simpósio “Democracia, Direitos Humanos e Migração”, programado para amanhã.
O encontro será realizado em Itabuna, uma das cidades preferidas pelos cerca de 7 mil indígenas de hábitos muito distintos das etnias originárias do Brasil, gerando certa dificuldade de convívio, embora estejam respaldados por legislação internacional.