Gestor relaciona surtos a desmonte
Confira a coluna Tempo Presente desta quinta-feira, 18

Os recentes surtos registrados em cidadãs e cidadãos comuns nas ruas de Salvador, como os casos emblemáticos de um rodoviário subindo ao topo do ônibus e episódios de transtorno no metrô, poderiam ser evitados.
A hipótese é do coordenador do Fórum Pensar Saúde e presidente do Conselho Estadual de Saúde, Marcos Sampaio, ao propor melhorias no atendimento a pacientes diagnosticados com ansiedade e depressão.
Ao visitar unidades do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), Marcos Sampaio flagrou cenários de descompasso entre a capacidade de atendimento e a demanda crescente desde o período de pandemia iniciado em 2020.
– Há usuários que fazem uma primeira consulta e só são atendidos depois de 60 a 90 dias, além de faltarem medicamentos e profissionais, evidenciando um sucateamento do serviço, que deveria ser tratado como prioridade – avaliou Marcos Sampaio.
O gestor responsável por vigiar e propor soluções para as demandas de saúde, incluindo a mental, coletou casos de pessoas em sofrimento psíquico, como o de uma senhora, em estado de insônia mais de uma semana, por falta de remédio.
O trabalho desenvolvido pelo Caps sofreu ataques severos nos anos perdidos (2019 a 2022), caracterizados pela ignorância de autoridades federais, fortalecendo na sociedade brasileira o preconceito contra usuários de psicoativos, outro grupo social com demanda crescente em desproporção ao serviço oferecido.
O coordenador do Fórum Salvador, reunindo organizações da sociedade civil e do poder público, destacou também o desmonte de oficinas voltadas para atividades laborais e recreativas, com o objetivo de redução de danos.
Fesf-Cairu celebra ciência
A produção de conhecimento confiável, em metodologia científica certificada, é o caminho mais seguro para evitar os dogmas e as opiniões desamparadas de verdade, resultando em fortalecimento do convívio em sociedade. Assim pode ser interpretada – e comemorada – a parceria firmada entre a Fundação Estatal Saúde da Família (Fesf), ligada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e a Fundação Visconde de Cairu. O objetivo anunciado pelos gestores das instituições é o de promoção compartilhada de pesquisas, projetos, ações, atividades e serviços técnico-científicos e político-pedagógicos em perspectiva de longa duração.
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