Greve da Ufba acaba depois do São João
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O final da greve de docentes da Universidade Federal da Bahia acaba oficialmente na assembleia do dia 26, ao aceitar a categoria as condições razoáveis propostas pelo governo de aumento salarial em 2025.
O investimento de 5 bilhões e meio de reais nas reformas e melhorias prediais e de infraestrutura de campis em universidades de todo o País, desde as mais novas às longevas, como é o caso das baianas, também não se vai desprezar.
Uma das táticas decisivas para reveter o contexto desfavorável partiu de iniciativa de um professor de história da filosofia moderna, especialista nos estudos de Immanuel Kant, o doutor Daniel Peres, ao propor uma enquete como tática auxiliar à decisão da assembleia.
– A assembleia é fundamental no espaço de disputa de poder, de quem manda e o que manda, mas não invalida a consulta popular, prevista em estatuto, ao contrário, a enquete fortalece a legitimidade das decisões – defende o docente da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas.
Enquanto para a assembleia convergem pouco mais de 10% dos 4 mil professores, acrescenta Daniel Peres, a consulta popular via internet reuniu 1.236 docentes, 839 deles favoráveis ao fim da paralisação, daí poder apostar-se no resultado pela volta às aulas.
Longe de se definir como “trapaças” as táticas utilizadas para referendar pontos de vista estabelecidos por grupos de poder entranhados na Ufba, é possível verificar situações capazes de serem classificadas como trapalhadas.
Uma delas é o mecanismo de sorteio, transferindo-se a palavra do sorteado para as lideranças, desperdiçando-se a verificação de boas razões, como se o “nasceu para vencer” do time de futebol fosse transferido para a universidade.
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