Hotelaria aguarda que Airbnb seja taxado

Apesar de Salvador contar com mais de 40 mil leitos em hotéis e pousadas, que estão com boa taxa de ocupação nesta época do ano, Silvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação, estima que cerca de 60% dos turistas que estão na cidade – que está lotada – estejam hospedados em casa de amigos, aluguel de temporada mas, principalmente, através de plataformas digitais, sendo a Airbnb a mais popular. Mas operam, ainda, a Homeaway e Wimdu.

Sem problemas com as novas tecnologias e a economia disruptiva, diz ele. Mas há mais de um ano o trade pleiteia da prefeitura a discussão para regulamentação da plataforma. Tramita na Câmara de Vereadores um projeto de lei que nunca entrou em discussão à vera.

– O problema é a carga tributária. O Airbnb não gera empregos e nem paga impostos – diz Pessoa.

Disrupção – A nova economia é fato. No Congresso também tramita projeto de lei sobre o assunto, que deveria ter sido votado no final do ano passado.

O secretário de Turismo de Salvador, Claudio Tinoco, diz que a prefeitura aguarda o resultado da votação da lei que atualiza de forma geral o Turismo, a qual tratará de plataformas digitais, o que deve ocorrer provavelmente em março, para que em Salvador a regulamentação não incorra em erros.

Tinoco é vice-presidente da Associação Nacional de Secretários de Turismo e foi designado, pelo coletivo, para tratar diretamente do assunto em Brasília. Outro baiano, o deputado federal Paulo Azi (DEM), que toca a Frente Parlamentar do Turismo, também estaria empenhado no tema.

– Há possibilidade de se votar em março [a lei]. Vamos aguardar – diz Tinoco.

Safra 2018 em alta

As perspectivas de produção para a safra 2017/18 são otimistas, de acordo com dados divulgados pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) semana passada.

Segundo o 1º levantamento da safra em curso, a soja ocupa 1,6 milhão de hectares e é a principal cultura da região do Cerrado baiano, seguida do algodão, que ocupa 1,2 milhão de hectares, com crescimento de 35% em relação à safra passada.

O milho, que ocupa 140 mil hectares, teve uma retração de 22% sobre o ano anterior, por causa do preço do produto, que não atrai os produtores. Com um total de 2.411.306 hectares plantados, a expectativa é que a região produza nesta safra 8.222.883 toneladas de grãos, fibras e frutas.

O incômodo do som alto

Os incomodados que se mudem.

Bem na sintonia deste antigo dito popular, as pessoas que se incomodam com o som alto das festas têm o ir e vir constitucional para seu amparo.

Não se vê um movimento para controlar, monitorar ou fiscalizar; ao contrário, o som na caixa aumenta à medida que se aproxima o Carnaval e o incentivo às festas vem de um decreto de Dionísio.

O Rio Vermelho já está em clima de pré-Iemanjá, uma santa fina que ama suavidade, e a esta altura já deve estar a muitas milhas náuticas da costa onde acreditam cultuar seu poder, no próximo dia Dois de Fevereiro.

Festanças – Ora, se a festa faz parte da política de convívio e de desenvolvimento, não se pode pedir que se faça silêncio ou se abaixe o volume, uma vez que a música, e a alegria que amplia seu alcance, são condições para fazer acontecer estas festanças inesquecíveis em Salvador.

Se o povo ouve o que ouve, como esperar qualquer cuidado com os vizinhos silenciosos?

Os incomodados de ouvido fino terão mesmo é de se mudar.

POUCAS & BOAS

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) realiza coletiva de imprensa na quarta para divulgação do boletim anual, referente ao exercício de 2017 e Pesquisa de Emprego e Desemprego de dezembro de 2017.

Mais um eixo do Salvador 360 será lançado terça, desta feita na área de Economia Criativa.

Regina Bochicchio, Miriam Hermes e Paulo Leandro