Inclusão e livros inspiram a Flilauro
Coluna Tempo Presente: Feira literária aposta em acessibilidade e cultura periférica

Promover o acesso geral, facilitando a mobilidade; dar o maior valor à diversidade; e o fortalecimento de culturas nativas e periféricas são os pilares de sustentação da Flilauro, sediada em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.
Com curadoria da escritora baiana Ana Cecília, a feira terá mais de 80% de atividades inclusivas, com tradução em Libras, audiodescrição, materiais em braile, acessos adaptados e ações de valorização da diversidade.
A Feira Literária Inclusiva de Lauro de Freitas (Flilauro) acontece até este próximo domingo, tendo como lema “Ler, Incluir – a literatura como direito de todos e todas”.
Traduzindo: a literatura como forma de inclusão implica ampliar a chance de construção de uma sociedade sem amos, nem ninguém superior ou inferior a outro, no sentido de um convívio ameno inspirado pelos bons textos.
– O nosso objetivo principal é que essa feira seja verdadeiramente para todos e todas – afirma Josy Luz, idealizadora da Flilauro, com objetivo de ir além da promoção literária.
Segundo Josy Luz, a ideia é a de “garantir acessibilidade e a diversidade que compõem nossa sociedade, construindo uma feira feita para incluir, acolher e celebrar a diferença.”
A programação gratuita reúne mesas literárias, espetáculos, lançamentos de livros, oficinas, contações de histórias e apresentações musicais em diversos espaços da cidade.
São muitas as escritoras premiadas presentes, mas a maior “atração” é Bule Bule, “lenda viva” da cultura popular nordestina, poeta, cantador e repentista, convidado para a mesa “Andanças, criação e arte”.
Debate sem preconceitos
O achado de um livro raro, editado e distribuído clandestinamente por volta de 1972, tem mobilizado coletivos antiproibicionistas a discutir presencialmente o uso da cannabis como prática cultural. Produzida após um seminário secreto, a coletânea reúne artigos que tratam de temas como cultura e estados de consciência, criminalização, possibilidades educacionais da maconha, consumo e representações culturais. Intitulado “Maconha em debate”, o material circula hoje entre ativistas e chegou a consultórios de médicos que pesquisam, sem preconceitos, o uso do canabidiol em doenças neurológicas.
POUCAS & BOAS
- Voltado para estudantes concluintes do Ensino Médio, a Feira das Profissões movimenta hoje o Colégio Estadual de Tempo Integral Adinália Pereira de Araújo, em Itarantim. Na oportunidade serão divulgados os cursos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), contando com a presença de setores institucionais como a Coordenação de Ações Afirmativas e Permanência (Coapa) e o Núcleo de Ações Inclusivas para Pessoas com Deficiência (Naipd). No dia 17 a programação será no Paço da Prefeitura de Itapetinga.
- O 1º Encontro de Secretários de Educação reúne a partir das 8h30 de hoje, representantes de 12 municípios do Agreste e Litoral Norte e do Recôncavo Baiano em Alagoinhas. Promovido através de parceria entre a Bracell e o Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep) o evento tem apoio das prefeituras e faz parte do Projeto de Educação Continuada que existe há 11 anos na Bahia, atuando na formação dos profissionais do setor.
- Radicado em Barreiras, o escritor e poeta inhambupense Antônio de Pádua participa da 1ª Festa Literária de Inhambupe (Flin), que será aberta hoje e movimenta a Casa Paroquial até amanhã. Membro da Academia Barreirense de Letras (ABL), no evento ele lança o livro ‘A cidade antiga’ (La Ville Ancienne) e falará ainda sobre o seu processo criativo de escrita. Com o tema ‘Cantando e contando nossa história’, a Flin é organizada pelas secretarias de Cultura e de Educação do município.
*Da Redação, com Paulo Leandro e Miriam Hermes
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