Jornal dos EUA dá ouro ao Brasil em corrupção
Sérgio Carneiro, ex-deputado federal, hoje secretário em Feira de Santana, exibe com satisfação uma nota de jornal mostrando o bom exemplo do povo suíço.
Lá, num referendo, o povo votou contra uma proposta do governo de dar R$ 9 mil a cada cidadão. E não foi uma rejeiçãozinha qualquer. Os contra golearam, de 77% a 23%.
Almeja ele que um dia o Brasil seja assim. Daqui a algumas gerações, talvez. Estamos na torcida, mas, por agora, está difícil.
Viu as fraudes no Bolsa Família ontem aqui divulgadas pelo companheiro Biaggio Talento? Servidores públicos, empresários e alguns vivaldinos locupletando-se de mortos.
Ontem o jornal New York Times, um dos mais influentes dos EUA, deu ao Brasil a medalha de ouro em corrupção. Óbvio que falou focando nas falcatruas reveladas pela Lava Jato e a baixa (se é que tem) credibilidade do governo em barrar a comilança. Não viu coisas como o Bolsa Família. Se visse, certamente teríamos ouro, prata e bronze.
Isso se resolve com educação, lógico. E um dia a gente chega lá. Que tal começar brecando os roubos na merenda escolar?
Nomeações barradas
Num jantar com Michel Temer quinta passada, Antônio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara, o aconselhou a barrar nomeações políticas em estatais e fundos de pensão até que um projeto de lei nessa linha (já em tramitação) seja aprovado.
Ontem, Temer tomou a decisão e Imbassahy aplaudiu. Acha que foi ouvido.
Política zero — Diz Imbassahy que a ingerência política em estatais e fundações tem que acabar, e logo:
- Os escândalos na Petrobras, Eletrobrás e fundos de pensão nos mostram isso. Tem que prevalecer a meritocracia.
"Qualquer citação que possa ser negativa, eu não sou ingênuo, nem nossos ouvintes, nem ninguém, é claro que constrange"
Elizeu Padilha, ministro da Casa Civil, em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, falando sobre a citação do ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) no petrolão.
"Nenhuma chance, nenhuma chance. Eu sei o que eu fiz no verão passado"
Geddel, em entrevista ao jornal O Globo, sobre a possibilidade de o nome dele ir para a Lava Jato.
Na caneta
Hostilizado no 32º Congresso dos Secretários Municipais de Saúde, realizado dia 1º deste mês, em Fortaleza, de onde saiu aos gritos de 'golpista' e 'fora Temer' sem nem conseguir concluir o discurso, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, vingou-se na caneta.
O Diário Oficial da União ontem saiu com a demissão de dois coordenadores do Departamento Nacional do SUS (Denasus) e cinco chefes de Sistema Nacional de Auditoria (Seauds), de uma só penada.
A chefe da auditoria na Bahia, Débora Dourado, está entre os demitidos.
Carta de Fortaleza — Os auditores do SUS também participaram do evento lá e aprovaram a Carta de Fortaleza, criticando 'o golpe'. Se já haveria substituições políticas, os que subscreveram o documento ficaram malditos aos olhos do ministro.
Quieto é melhor
Ao ir no fim de semana a Nova Ipiranga, em Lauro de Freitas, investigar um assassinato, policiais constataram que na Rua Eunice havia vários muros pichados com a sigla: BDM. Sem delongas traduziram o significado para os jornalistas: 'É Bando Do Maluco, uma facção criminosa daqui'.
Lá pelas tantas um policial virou para uma moradora e pediu:
- Minha senhora, me arranje um balde de água que eu resolvo isso agora. Deixo o seu muro limpinho.
Respeitosamente a mulher declinou:
- Acho melhor deixar isso quieto.
POUCAS & BOAS
* O TJ-BA deve julgar sexta o mérito da ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo Ministério Público contra a cobrança antecipada do Imposto sobre Transmissão Intervivos de Bens Imóveis (ITIV). O procedimento foi adotado por ACM Neto e o MP diz que é ilegal.
* A última edição do Sarau da Imprensa promovido pela ABI, nesta quinta (19h), vai homenagear o antropólogo Alberto Albergaria. O evento vai discutir música e baianidade e os organizadores acham que Albergaria muito contribuiu para isso. Cá para nós, principalmente em estudar e divulgar o lado esculhambado da baianice.
* Feira de Santana tem tanto pré-candidato a vereador que dizem lá, se as inscrições fossem feitas a um só tempo no Estádio Joia da Princesa, faltaria lugar. Falam que nestes tempos de crise econômica a concorrência aumentou.
* O TCE vai apreciar hoje as primeiras contas da gestão de Rui Costa, as de 2015. Até agora, nenhum sinal de barulho lá.
Colaborou: Luiz Tito, de Feira de Santana
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