Livro dá maior valor à “baiana ancestral”

O tema da ancestralidade vem ganhando espaço nos cursos de pós-graduação de “Humanas” e na criação literária e artística, como é de prova o livro “Baianas – Rituais, Símbolos e Fé”, reunindo 28 artista autoproclamados “independentes”.

São pessoas dedicadas às artes da fotografia, da pintura e da cerâmica, tendo reunido seus trabalhos a partir da premissa de representar a “baiana de acarajé” como guardiã de saberes.

O lançamento do trabalho coincide com a passagem do dia da Baiana, dia 25 de novembro, quando é também comemorada a promoção do ofício de fritar e servir os acarajés a Patrimônio Imaterial do Brasil.

O livro chega em excelente hora, considerando bem vindo todo esforço de representação da baiana, com suas guias de orixá, seu torço, sua bata, entre outros adereços, além da fé em Iansã e Sangô.

A importância histórica das baianas não pode ser reduzida, pois com a saída das escravizadas das senzalas, sem indenização ou pedaço de terra, restou a busca por sobrevivência com a venda avulsa do acarajé e do abará.

Apesar dos esforços da presidenta da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Rita Santos, vem se tornando mais difícil encontrar uma baiana adepta do candomblé e vestida de acordo com o perfil já em desuso pelas mulheres.

A seleção dos trabalhos publicados é de Dan Maior, Reinaldo Giarola e Celo Hermida, tomando como objetivo a leitura contemporânea sobre os rituais, gestos e significados das ações das baianas na tradição religiosa e na culinária.

Cada artista assina seis páginas, construindo volume beirando as 200 páginas, com edição e projeto gráfico da equipe de profissionais da SobreGentes Editora.

Manter folha num banco liquidado é algo que nenhuma empresa vai querer, porque o principal ativo de um banco é a confiança. É provável contas-salário no Master migrem para outras instituições

Doação de amor à Hemoba

A Fundação Hemoba lançou o Circuito Itinerante Sangue de Amor, com o objetivo de engajar a cidadania na proposta de ampliar o cadastro de pessoas doadoras de medula óssea. Para tornar-se um doador, basta ter entre 18 e 35 anos e estar em boas condições de saúde e pronto. O projeto tem como diferencial a “busca ativa” de pessoas doadoras, com o deslocamento de uma equipe do Hemoba para cadastrar voluntários em localidades previamente definidas. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo número (71) 99198-3686.

POUCAS & BOAS

• Voltado para professores da Educação Básica, um minicurso de Astronomia começa amanhã no Campus Reitor Edgard Santos da Universidade Federal do Oeste da Bahia, em Barreiras. Com inscrições gratuitas, a iniciativa é coordenada pelo professor Lucas Guimarães Barros, do Centro das Ciências Exatas e das Tecnologias (CCET) e faz parte da programação da Escola de Estudos Temáticos da universidade. Com abordagens de conteúdos e metodologias para o ensino, o encerramento será dia 28 de novembro.
• Seis Territórios Quilombolas da Bahia tiveram os decretos de interesse social divulgados ontem, entre os 20 assinados pela Presidência da República no dia nacional da Consciência Negra. Foram contemplados os territórios de Sacutiaba e Riacho da Sacutiaba, em Wanderley; São Francisco do Paraguaçu, em Santo Amaro; Jiboia, entre Antônio Gonçalves e Filadélfia; Fôjo, em Itacaré; Buri, em Maragojipe; e Fazenda Porteiras, em Entre Rios. Juntas somam 23,1 mil hectares, abrangem 128 imóveis rurais beneficiando 743 famílias quilombolas, cadastradas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
• Na comunidade quilombola do Tijuaçu, em Senhor do Bonfim, termina hoje o tradicional festejo da localidade, com apresentações culturais como o grupo Percussão Afro de Tijuaçu. A festa foi aberta dia 20 com a 1ª Puxada da Consciência Negra, atraindo moradores locais e visitantes. Considerada a maior área de remanescentes de quilombo da Bahia em área e número de moradores, tem mais de 800 famílias e 8,4 mil hectares.