Livro de Florisvaldo adotado nos cursos de história
Confira a coluna deste sábado

Os cursos superiores de História das universidades baianas vêm sendo bem servidos pela segunda edição de um livro precioso, dotado de confiabilidade e estatística, completando agora em agosto seus sete anos de lançamento.
De autoria do poeta, escritor, professor e jornalista Florisvaldo Mattos, "A comunicação social da Revolta dos Alfaiates" oferece um minucioso e competente estudo sobre as trocas de mensagens entre os articuladores da revolta ocorrida em 1798, cujas sementes germinaram na participação popular da guerra pela independência em 1823.
A pesquisa, de rebrilhante magnitude, atualiza os 227 anos da intentona derrotada pela coroa portuguesa, recebendo o querido vate a gratidão de seus seguidores, entre os quais, aquele sentido se realizados por zelarem um exemplar com dedicatória, enquanto sonham com uma nova e terceira edição.
O venerando Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, situado entre a praça da Piedade e o relógio de São Pedro, apoia a iniciativa, objeto de estudo das professoras Patrícia Valim e Antonieta D'Aguiar Nunes.
Além da narrativa sobre a malograda, porém inspiradora conspiração, Florisvaldo Mattos abordou a comunicação como condição "sine qua non" - portanto necessária, sem a qual a insurreição não teria saído da dimensão abstrata do desejo de libertação.
"As informações que chegam e saem, unindo líderes e liderados, fornecem os sediciosos a oportunidade de escolher cada ação", explica o professor, com habitual clarividência.
A pesquisa das manifestações poéticas não poderia faltar, tanto pela dedicação ao autor à arte de Orfeu, como por ter sido a poesia um dos vetores da mobilização do revoltosos, habituados a declamar para fortalecer os valores pelos quais se bateram, tendo seus líderes sofridos a dor da execução e posterior esquartejamento de seus corpos pelo verdugo português.
Logo no raiar do trabalho, abordando o histórico dos temas preferenciais dos idealizadores da "República Bahiense" lê-se a síntese de sua nova proposta de convívio: "igualdade e liberdade, no sacrário da razão, ao lado da sã justiça preencham meu coração".
Mutirão online no Aristides
A novidade no Hospital Aristides Maltez é a realização de exames médicos online para mulheres. O mutirão atende pacientes com suspeita de câncer no ovário, colo do útero, vulva, endométrio e regiões próximas. A meta é agilizar as avaliações, mas só a prática com as novas tecnologias mostrará se o método é eficaz.
– Esse mutirão online vai agilizar muito o procedimento de matrícula e as pacientes vão iniciar o tratamento com mais rapidez – assegura, antes da experiência, em modo “pressuposto”, o médico Humberto Luciano, superintendente da Liga Bahiana contra o câncer, mantenedora do Aristides.
POUCAS & BOAS
O 3º Sarau Literário da Rede de Integração Cooperativa das Academias de Letras da Bahia (Rica), reúne hoje escritores de todo estado, com a confirmação de representantes de 13 instituições. Com o tema ‘Poesia, prosa e música’, o evento acontece de forma virtual com transmissão pelo canal da Academia de Letras da Bahia (ALB) no YouTube. A Rica congrega 38 agremiações literárias do interior baiano, com foco no fortalecimento do vínculo entre as instituições e promoção da cultura, dentre outros.
Apresentações artísticas e culturais encerram hoje à noite a programação do 1º Festival Literário Corpo e Memória (Flicom), no Anfiteatro do Centro de Cultura de Alagoinhas. Com projeto aprovado em edital pela Fundação Pedro Calmon, o evento foi aberto ontem com envolvimento direto das secretarias de Educação (Seduc) e de Cultura, Turismo e Esporte (Secet) do município. Focado na valorização da cultura e arte, durante dois dias escritores, estudantes e professores movimentam a cultural local.
A Academia Barreirense de Letras (ABL) lançou o edital para a coletânea de contos ‘Bichos dos Cerrados’, que estará recebendo inscrições entre 22 de julho e 31 de agosto, através de formulário eletrônico a ser disponibilizado no portal da instituição. Podem participar autores do território de identidade da bacia do Rio Grande, no livro que é organizado pelos membros da academia: Inácio Cordeiro, João Paulo Pinheiro e Robson Batista. Esta é a quarta obra de uma série organizada com o selo editorial da ABL, com foco no bioma Cerrado.