Magistério indígena tem curso superior
A Universidade Federal da Bahia terá duas novidades de inegável alcance social
Após os ajustes de calendário, devido à greve dos docentes, a Universidade Federal da Bahia terá duas novidades de inegável alcance social, ao propor os cursos de Licenciatura Intercultural Indígena e em Educação no Campo. A inusitada – e pioneira – iniciativa vai formar professores indígenas, com o esperado efeito de viabilizar a participação profissional, artística e intelectual de integrantes das nações originárias distribuídas em reservas na Bahia.
O curso de licenciatura indígena guarda metade das 40 vagas para quem já tem vínculo com escolas sediadas nos territórios habitados por descendentes dos nativos encontrados pelos primeiros piratas europeus no século XVI.
As 20 vagas para preenchimento das matrículas foram oferecidas a candidatos pertencentes às etnias moradoras em regiões distintas, distribuídas no Norte, Oeste, Sul e Extremo Sul.
Com duração de quatro anos, o curso foi planejado integralmente na modalidade de ensino presencial, alternando-se períodos na universidade e no convívio comunitário entre os indígenas aldeados.
Coordenado pelo professor Felipe Fernandes, o curso oferece habilitação em três áreas do conhecimento, a de humanidades; a de artes, linguagens e literatura; e a de matemática e ciências da natureza.
O objetivo é o de formar e habilitar os docentes indígenas, com ênfase no trabalho já desenvolvido por egressos do ensino médio, bem como gestores e técnicos de educação atuantes em escolas voltadas para os povos originários.
Já o curso de Licenciatura em Educação do Campo, com habilitação em Ciências da Natureza, é destinado aos professores da educação básica atuantes nas escolas públicas da zona rural e comunitárias.
Máquinas no comando
O anúncio de funcionamento do primeiro hospital do mundo operado por Inteligência Artificial, na China, já preocupa gestores baianos de saúde. O estabelecimento, totalmente comandado por máquinas, será capaz de procedimentos cirúrgicos, atendimento a pacientes e integração a programas de computador, eliminando médicos e demais profissionais auxiliares. O Conselho Estadual de Saúde pautou debate sobre os excessos da tecnologia e efeitos como a assistência desumanizada.
"As carreiras profissionais estão ameaçadas de extinção, se este modelo prosperar", alerta o coordenador do conselho, Marcos Gêmeos.
POUCAS & BOAS
A Secretaria de Turismo (Setur-BA) celebra os bons resultados contabilizados no São João da Bahia em Ibicuí, na zona turística Caminhos do Sudoeste. Com uma programação que começou na última quinta-feira (20), o município registrou um movimento de cerca de 100 mil visitantes, com injeção de R$ 4 milhões na economia local. A festa apoiada pelo governo estadual valorizou as tradições nordestinas e incentivou a geração de emprego e renda.
A quadrilha junina Encantos do Oeste, do bairro Santa Luzia, de Barreiras, vai representar a região no concurso nacional de quadrilhas Arraiá Brasil. O grupo, que este ano tem por temática ‘A fabulosa história de Roque Santeiro, o santo que nunca foi santo’, conquistou a vaga para o evento nacional que acontece no mês de agosto em Brasília, ao se classificar em primeiro lugar pelo terceiro ano consecutivo no concurso realizado na cidade de São Desidério. O evento aconteceu através de parceria entre a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secult) e a União de Quadrilhas Juninas do Oeste da Bahia (UNIQJOB).
‘Não é não, assédio e importunação não combinam com o São João’ é o tema deste ano da campanha ‘Oxe, me respeite!’, voltada para a prevenção e enfretamento das violências de gênero. A iniciativa da Secretaria das Mulheres do Estado (SPM) chegou a mais de 50 municípios da Bahia, onde as equipes atuaram na sensibilização sobre as formas de desrespeito. Profissionais de diferentes áreas acompanharam o trabalho nos principais festejos para auxiliar na orientação dos foliões juninos.