Moçambique é tema de Diálogos Atlânticos
Interpretação do atual pós-colonialismo tardio, no qual nações africanas ainda se debatem diante dos efeitos da dominação de potências europeias, é uma das possíveis abordagens da próxima edição do projeto Diálogos Atlânticos, no dia 29, próxima quinta-feira, às 18 horas.
A discussão de aspectos da obra do autor moçambicano Luís Bernardo Honwana, “Assim nós matamos o cão tinhoso”, terá transmissão pelo canal do YouTube do Gabinete Português de Leitura da Bahia, órgão promotor do evento cultural.
Trata-se de uma coletânea de textos, publicada em 1964 e considerada um clássico da literatura de Moçambique, ex-colônia portuguesa, com tradução para inglês, alemão, francês, sueco e espanhol.
– Chegamos à terceira edição do projeto com debates de alto nível sobre a produção literária no mundo da lusofonia. A ideia é lançar outros projetos ainda neste segundo semestre – afirma Flávio Novaes, diretor de cultura do Gabinete Português de Leitura.
Segundo Flávio, jornalista e mestre em jornalismo pela Universidade de Coimbra, a obra ensina como enfrentar as adversidades da vida sem perder a humanidade jamais, a partir de uma perspectiva do contexto colonial no qual foi escrito.
O professor da Universidade de Coimbra Osvaldo Silvestre vai conduzir o debate, moderado por Sandro Ornellas, docente do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia (Ufba), tendo ainda a participação dos convidados Mario Chico Bonde e Catarina Maia.
Parceria do Gabinete Português de Leitura da Bahia com o jornal português Sinal Aberto (sinalaberto.pt), Diálogos Atlânticos prevê seis edições de rodas de conversa virtuais, com especialistas brasileiros e portugueses.
“[Bolsonaro] ameaça a
ordem democrática.
Porque quando ele diz
que não vai ter eleição,
(...) quando diz que não
vai dar posse ao
presidente, ele está
dizendo que não vai
respeitar a vontade
soberana do povo”
Marcelo Ramos, vice-presidente da Câmara, ao comentar chance de impeachment de Bolsonaro
Mobilização dos bancários
A rápida alteração de perfil das redes bancárias, ocasionada por fatores como pandemia e novas tecnologias, estará no centro das discussões da 23ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, no próximo sábado, dia 31 de julho. O encontro é aberto a trabalhadores dos estabelecimentos bancários dos dois estados, com transmissão direta pelas redes sociais das federações. Servirá também a conferência como assembleia, para indicar os delegados que vão à conferência nacional da categoria, em setembro. O objetivo, de acordo com as lideranças dos bancários, é contribuir para aprofundar o entendimento dos atuais conflitos, tendo como base o tema “O que queremos do futuro é emprego, saúde e um Brasil melhor contra a precarização e em defesa da vida”.
POUCAS & BOAS
Um drive-thru Ecológico Solidário mobiliza hoje moradores de Lauro de Freitas por meio do projeto Sementes do Amanhã. Executado pela Escola Municipal Capiarara, de Areia Branca, o projeto é coordenado pelo professor Antônio Cláudio com apoio da Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos do município. A proposta é distribuir 500 mudas de árvores frutíferas, nativas e exóticas, em troca de alimentos que serão entregues a associações filantrópicas e famílias carentes do Quingoma. Entre as 8h e 17h os pontos estarão ativos na praça Martiniano Maia e em frente ao Parque Ecológico em Vilas do Atlântico.
Em Barreiras a Coopercacau1000 apresentou ontem as propostas da entidade que pretende congregar mil pequenos produtores de 11 municípios do Vale do Rio Grande. Cada cooperado vai cultivar 1,2 hectare irrigado de cacau consorciado com outras frutíferas. A reunião aconteceu no auditório da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e contou com empresários e agricultores interessados em investir na expansão do cacau na região oeste, que já possui outros projetos exitosos com a cultura.
Com o reinício das aulas previsto para o dia 27 de julho em Luís Eduardo Magalhães, a Secretaria Municipal de Educação divulgou ontem a relação de escolas que somam duas mil vagas remanescentes, em 29 unidades, desde creche até a educação de jovens e adultos. O ano letivo 2021 está ocorrendo de forma remota pela plataforma ‘Escola em Casa’, mas os estudantes que não têm acesso à internet podem retirar suas atividades na própria escola.