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ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 21 de fevereiro de 2016 às 11:45 h | Autor:

Novas leis baianas: e vão ser cumpridas?

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Nestes tempos de dinheiro curto e esperanças de melhoras parcas, os deputados estaduais baianos arranjaram uma saída honrosa para não ficarem sem nada produzir e cumprir a obrigação primária, a de legislar. E daí surgiram novas, algumas boas, outras fortes, candidatas a gerar polêmicas.

O deputado Adolfo Menezes PSD), por exemplo, emplacou uma que obriga os ônibus intermunicipais a mostrarem aos passageiros a velocidade em que trafegam. Essa é boa.

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O deputado Adolfo Viana (PSDB) também emplacou uma boa. Coloca todas as cadeiras nos transportes coletivos como preferenciais para idosos, e não apenas duas, como é hoje.

Já o deputado Targino Machado (DEM) aprovou uma que vai dar o que falar: isenta os consumidores de pagar taxas de religação de contas de água e luz, quando forem cortadas.

Mais: no caso de Targino, a lei foi para Rui Costa vetar ou sancionar. Não houve nem uma coisa nem outra, passou a valer.

A controvérsia é saber se serão cumpridas mesmo. Já a de Targino, a única coisa certa é que vai dar barulho.

Reunião em Guanambi

A deputada Ivana Bastos (PSD) está tentando, sob as bênçãos do senador Otto Alencar, produzir um acordo em Guanambi que pretende botar no mesmo barco ela, o prefeito Charles Fernandes (PP) e o ex-governador Nilo Coelho (PSDB), adversários entre si.

A primeira reunião vai acontecer amanhã à tarde. Ivana se diz otimista:

- É uma união pelo bem de Guanambi.

Fala Nilo - Nilo Coelho, que é o virtual candidato da oposição e líder nas pesquisas, diz que vai ao encontro, mas acha difícil:

- Vou porque gosto do diálogo, mas eu só faço acordo que possa cumprir. Sou terminantemente contra a corrupção. Então teríamos que achar um nome reconhecidamente acima de qualquer suspeita.

Em suma, entre adversários, não há.

Caminhos cruzados

Marcelo Nilo, presidente da Assembleia, está numa encruzilhada para escolher o seu novo partido. Após ter sido vetado no PSD (pelo deputado José Carlos Araújo), está entre o PSC e o PTB. Ambos têm os seus senões.

1 - PSC - jogaria solto e levaria com ele sete deputados. O problema: é partido pequeno, não tem tempo de televisão, um entrave no projeto dele de disputar o Senado.

2 - PTB - tem dois deputados federais, Benito Gama, que é oposição lá e cá, e Antônio Brito, que é governo cá e lá. Ele é governista e já entraria num racha.

'Nem todas as verdades são para todos os ouvidos'

'As pessoas nascem sempre sob o signo errado, e estar no mundo de forma digna significa corrigir dia a dia o próprio horóscopo'

'Justificar tragédias como vontade divina tira da gente a responsabilidade por nossas escolhas'

Umberto Eco, escritor italiano ontem falecido.

Questão de amor

Donos de carros rebaixados fizeram uma manifestação de protesto ontem pelo centro financeiro de Salvador, insatisfeitos com a proibição, pelo Detran, da opção. Palavra de ordem disparada no carro de som:

- Carro rebaixado não é crime. É amor.

Só faltaram as placas de I love my car.

Ataque no Morro

A atriz Laura Keller fez postagem no Face desancando o Morro de São Paulo, em Cairu, um dos grandes destinos da Bahia.

Diz que cobram R$ 15 de entrada a título de taxa de preservação, mas o que se vê é a expansão de condomínios de luxo, 'sem falar que a ilha está lotada, literalmente atrolhada de gringos e não gringos sujando tudo!'.

Ela diz que a coleta do lixo é feita apenas uma vez por dia e não há lixeiras.

Apesar dos exageros, bombou.

Mudança - O Morro de São Paulo era, há até três décadas, um centro de veraneio que virou um dos maiores destinos turísticos da Bahia. Há problemas no lixo, sim, mas ambientalmente ainda é bastante preservado.

Impostômetro e etc.

O leitor Júlio Weissheimer bate palmas para a nota publicada sob o título É mole?, que critica o impostômetro desencadeado pelo governo, já na casa dos R$ 200 bilhões.

Diz Júlio que também tem o sonegômetro, a mania do povo brasileiro de sonegar impostos, que já chega à casa de R$ 1 trilhão.

Ok. O impostômetro seria bem menos criticável e o sonegômetro bem menos aceitável se não houvesse o roubômetro, também popularizado em larga escala, mas, aí sim, com grande contribuição dos políticos.

Epigrama do Delcídio

Antonio Lins viu a Justiça liberar o senador Delcídio do Amaral da cadeia e não perdoou.

Tascou-lhe o epigrama:

A justiça não é cega

Tal o provérbio nos diz,

A verdade não se nega:

Cego às vezes é o juiz.

Ainda a mosquita - E Achel Tinoco resolveu parodiar Geraldino Lima, que fez o belíssimo Epigrama da Mosquita:

Quem põe ovos é a mosquita

declara a "presidenta".

Mas também as galinhas

e quiçá a jumenta

POUCAS & BOAS

Com base eleitoral na região do litoral norte, o deputado Alex Lima (PTN) se diz intrigado com a demora, mais de 30 dias, para a retirada de um idoso que caiu numa cisterna em Rio Real: 'Ainda que ele tenha sobrevivido à queda, a chance de escapar com vida era zero'.

As fanfarras que desfilam no Circuito Sérgio Bezerra, quarta de Carnaval na Barra, entregaram ontem a entidades filantrópicas os alimentos arrecadados durante a folia. Brincando, brincando, juntaram sete toneladas.

Colaborou: Hilcélia Falcão

POLÍTICA COM VATAPÁ

Sem povo

Ano 1990. Luiz Pedro Irujo, deputado estadual, sob as bênçãos do pai, o deputado federal Dom Pedro Irujo, licenciou-se do mandato para disputar o governo da Bahia, eleição que ACM venceria com o famoso jingle "Tá faltando homem, doutor".

Chegou a Juazeiro para fazer comício, levou como atração o cantor Giliard, sucesso brega (naquela época podia tudo).

Dez horas da noite, Giliard lá, Dom Pedro e Luiz Pedro também, praça vazia. Nem os fãs de Giliard foram. Dom Pedro virou-se para Roberto Messias, o Porquinho, marqueteiro da campanha, hoje secretário de Comunicação de ACM Neto:

- E cadê o povo? Cadê o povo, Robeeerto? Cadê o povo!?

Porquinho tentava botar panos quentes:

- Se acalme, Dom Pedro. O povo está vindo aí...

- De onde, Robeeerto? De ooonde?...

Apagaram as luzes da praça, Dom Pedro mudou o tom:

- Tá vendo, Robeeerto? Isso é medo! Medo, Robeeerto!

Aí quem mudou o tom foi Roberto:

- Medo de que, Dom Pedro?

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