Para Wagner, depende de Neto a boa vivência
Os acenos de ACM Neto para o governo, no sentido de deixar para trás as querelas da campanha e cuidar dos interesses do povo baiano, têm guarida em Jaques Wagner.
O governador acha que essa é a posição mais sensata porque ambos têm responsabilidades com o povo de Salvador, mas ressalva:
- Ele (Neto) poderia começar pela via administrativa. Nós estamos gastando uma fortuna para viabilizar o metrô e atacar a questão da mobilidade, veio a prefeitura criando dificuldades com a tarifa integrada. A solução disso seria a primeira demonstração de boa vontade de parte a parte. Mas é bom lembrar que as picuinhas não partiram de cá.
Wagner diz que há uma série de projetos para Salvador importantes, que exigem harmonia nas três instâncias de poder. E reiterou que isso depende mais de Neto:
- Quando ele começou, eu tive a maior boa vontade. Agora, ele é que tem que tomar juízo. Até porque minha índole não é dessas de perseguir quem quer que seja.
Três focos - Jaques Wagner diz que, seja qual for a função que venha a ter no governo Dilma, vai desenvolver ações com três focos, ajudar na interlocução, especialmente na área empresarial, cuidar de representar bem os interesses do Nordeste e ajudar Rui Costa a abrir portas para os projetos da Bahia.
Ele cita que entre tais projetos estão estradas, segmento que a Bahia tem grandes necessidades, a adutora do São Francisco que vai contemplar algumas áreas do semiárido e a viabilização da ponte Salvador-Itaparica.
Rui e Miami
Terminam hoje as férias que o governador eleito, Rui Costa, se deu. Ele passou os últimos 15 dias entre Miami e Orlando, nos EUA.
Na Assembleia, o ti-ti-ti correu solto. Se dizia que Rui estava em Miami numa casa que o deputado Ângelo Coronel (PSD) tem lá.
Outros deputados jogam lenha na fogueira. Dizem que Rui ficou em hotel, e Coronel espalhou a notícia da casa para fazer média.
No batente - A primeira tarefa de Rui segunda, quando volta a pegar no batente, será arrematar a reforma administrativa que está sendo gestada.
Só depois disso, antes do fim do mês, inicia as conversas para a montagem do governo.
Bandidos no petróleo
Lembra que falamos aqui dos sucessivos assaltos a áreas petrolíferas baianas? Aconteceu de novo. Anteontem sete homens encapuzados invadiram um campo em Pojuca e levaram armas, coletes e munição da empresa Prosegur, além de uma viatura (L 200) na qual os vigilantes estavam, denominada Ronda Patrimonial número 14.
A Petrobras não se posicionou até agora.
Aposta oposicionista
O pedido de prisão de Adarico Negromonte, irmão do ex-deputado Mário Negromonte, hoje conselheiro do TCM, era uma das apostas da oposição para fazer o petrolão mostrar seus tentáculos em terras baianas.
Além de Luiz Argôlo, deputado federal não reeleito, os oposicionistas apostavam, com base nos depoimentos da deleção premiada de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, que Mário acabaria sendo envolvido.
Eles nutrem esperanças de que há outros nomes, mas, por enquanto, é só torcida.
Fora de padrão
Sobre a nota Fora de padrão, ontem publicada, dizendo que uma cidadã com dores abdominais foi recusada no Hospital do Subúrbio sob o argumento de que lá só se atende quem está morrendo ou recebeu tiros e facadas, a assessoria do hospital diz o seguinte:
'Não faz parte da política institucional do Hospital do Subúrbio a abordagem aos seus pacientes de forma indevida. O compromisso é adotar práticas assistenciais e condutas em respeito ao cidadão, incluindo o acolhimento e a classificação de risco na emergência, e priorizando o atendimento de acordo com a gravidade apresentada pelo paciente'.
E sugere que a pessoa registre queixa.
OK. Não faz parte da política, mas o atendente lá extrapolou. A paciente em apreço é pessoa humilde, não quer se expor.
POUCAS & BOAS
Se emplacar, o projeto do deputado Félix Mendonça Júnior (PDT) de obrigar o governo a instalar crematórios públicos em cidades com mais de 200 mil habitantes será uma revolução no setor. O Brasil tem hoje 30 crematórios, todos privados. O Nordeste tem cinco, a Bahia um. Os outros são dois no Ceará, um na Paraíba e um em Pernambuco.
O empresário Eliezer Schnitman foi eleito ontem por unanimidade para a presidência da CDL de Salvador para o período de 2015-2016. Ele é dono do Lar Shopping, com unidades em Salvador e Lauro de Freitas, das franquias do segmento de móveis de luxo, uma da Sierra Móveis e outra da Dell Anno, e um centro de distribuição em Camaçari.
Quem iniciou a construção do Barradão, agora com 28 anos, foi o deputado Paulo Magalhães, presidente do Vitória de 1979 a 1980, e não José Rocha, como divulgamos. Paulo conta que Neves Macieywski fez o projeto arquitetônico e Silva Costa deu os tratores da terraplanagem, paga em grande parte com 30 mil cruzeiros doados por Renan Baleeiro, então prefeito de Salvador.
 POLÍTICA COM VATAPÁ
Em nome do amor
Contam em Minas Gerais que Tancredo Neves, o avô de Aécio, que em 1985, às vésperas da posse como presidente da república, sofreu uma crise de diverticulite e dois meses depois morreu sem assumir, tinha acabado de ser nomeado promotor de justiça em São João Del Rey, terra dele, quando soube que o delegado da cidade proibiu namoro depois das 22h na praça principal.
Jovem e solteiro, decidiu desafiar o delegado, segundo ele, 'em nome do direito de amar', foi para a praça namorar.
Estava ele curtindo o seu love quando chegou o delegado:
- Ei, seu moço!
Tancredo mostrou a cara, sorridente:
- Pois não, doutor.
E o delegado:
- Dr. Tancredo, eu sabia que o senhor vinha! Botei o pessoal todo para correr só para o senhor ficar à vontade...
Com Luiz Fernando Lima
