Petróleo volta a ter curso na Ufba
Confira a coluna Tempo Presente desta quinta-feira, 28
O Ano Novo da Universidade Federal da Bahia (Ufba) chega com a volta da graduação em engenharia de petróleo, antes oferecida apenas pela rede particular de ensino.
O relançamento do curso coincide com um contexto de reordenamento da produção de petróleo, tendo em vista as novas necessidades relacionadas à preservação ambiental em sintonia com o dogma do “desenvolvimento”.
A informação foi divulgada como destaque da última edição do ano do Edgard Digital, órgão de comunicação da Ufba, ao anunciar a opção de matrícula pelo sistema Sisu já no primeiro semestre de 2024.
A nova graduação, com oferta de 30 vagas anuais, foi possível graças ao desmembramento da habilitação do curso de engenharia de minas, ofertada desde 2005.
O currículo vem sendo pensado pelos gestores da Ufba desde 2018, com a contribuição de 18 departamentos da instituição e terá duração de cinco anos ou 10 semestres letivos.
O curso será ministrado principalmente na Escola Politécnica e nos Institutos de Geociências, de Matemática, de Física, de Computação e de Química.
– A Escola Politécnica da Ufba já formou engenheiros de petróleo nas décadas de 1950 e 1960 e nesta retomada, além do resgate histórico, apontamos para o futuro, com forte interlocução com a transição energética, em articulação com outras áreas da engenharia como a ambiental, a de minas, a elétrica, a mecânica, a industrial e a química – afirmou o diretor da Escola Politécnica, Marcelo Embiruçu.
Já o coordenador do colegiado do curso, professor Júlio Nascimento, destaca a importância da exploração e produção de petróleo na Bahia, com grande capacidade de geração de empregos, renda e negócios.
Novos talentos do teatro
A Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, unidade da Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBa), prorrogou até 20 de janeiro de 2024 as inscrições para selecionar novos talentos para a Cia de Teatro BIML. As inscrições acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, de forma presencial, na Praça Conselheiro Almeida Couto, Nazaré, em Salvador, e de forma online através do do formulário disponível no site fpc.ba.gov.br. As atividades da Cia de Teatro acontecem no turno matutino. Para participar da seleção, voltada para crianças e adolescentes, os interessados precisam ter entre 8 a 11 anos, para o grupo infantil, e 12 a 17 anos, para o juvenil.
Reparação preta avança na internet
Uma série de programas de rádio acessados pela internet – “podcasts” – é a boa nova do Instituto Reparação, organização da sociedade civil voltada para a prática da justiça reparadora, como indica o nome.
O objetivo é amparar a Salvador preta com a partilha de conhecimento sobre os mecanismos de opressão, evidenciados nas diferenças entre uma cidade empobrecida – a maior parte – e uma cidade branca, rica e bem cuidada.
A utilização de novas tecnologias, no entanto, por sua natureza de brevidade não vai inviabilizar a continuidade de capacitações presenciais, cursos e palestras com temas pautados na reparação.
-Nossa prioridade no Ano Novo é a formação de excluídas e excluídos, como fizemos em 2023, com orientação a baianas de acarajé, vendedores ambulantes e acolhimento a demandas das crianças do Pelourinho e bairros periféricos”, afirmou o coordenador do Instituto, sociólogo, educador e ativista antirracista, Ailton Ferreira.
O Instituto Reparação tem organizado atividades pautadas no conceito de saúde integral, com a participação de psicólogas em atendimento preferencial a mulheres negras expostas à violência.
Entre as memórias deste primeiro ano de reabilitação da democracia no País, o Instituto preocupou-se também com a defesa das religiões de matrizes africanas, ao identificar a insistência de delírios persecutórios por parte de seitas reaccionárias.
Uma das principais atividades foi a formação de 110 novos profissionais em corte e costura com destaque para a criação de roupas utilizadas nos barracões dos candomblés.
Seguindo a política de ampliação da rede de contatos, o Instituto Reparação conquistou entre as entidades associadas a Coordenadoria Ecumênica de Serviços (Cese) e o Fundo Brasil de Direitos Humanos.