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Publicado quarta-feira, 22 de janeiro de 2025 às 5:20 h | Autor:

Raimundo Bujão na Revolta dos Malês

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Raimundo Bujão
Raimundo Bujão -

A cidadania engajada da Bahia retoma sábado, às 9 horas da manhã, no auditório da Associação Bahiana de Imprensa, no Viaduto da Sé, uma luta de 190 anos pela reparação dos danos ainda hoje produzidos contra a população afro-baiana.

A data referente à Revolta dos Malês, sufocada em 1835, portanto, 13 anos após a independência, será lembrada com uma palestra do renomado professor José João Reis, especialista no tema, atendendo a convite do presidente do Fórum das Entidades Negras, Raimundo Bujão.

Para Bujão, revisitar a história é o primeiro passo para reescrevê-la, servindo o conhecimento como aríete para derrubar barreiras reacionárias, hoje em etapa mundial de reabilitação, como verifica-se na recondução de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, pela vontade dos eleitores.

Quem comparecer sábado, à ABI, vai ouvir de José João Reis o relato sobre o contexto no qual os revoltosos escravizados se insurgiram contra as instituições repressivas de seu tempo, levando em conta a lentidão do Brasil no enfrentamento da escravatura, somente abolida oficialmente em 1888.

- É preciso levar às pessoas informações sobre nossos levantes populares, nenhum deles é ensinado nas escolas, tivemos a Sabinada, por exemplo, também invisibilizada, como a Revolta dos Malês”, afirmou Raimundo Bujão.

Além de saberem ler e escrever, os escravizados malês das etnias nagô e haussá prestavam culto a Alá, por meio da leitura do Al-corão, em reuniões de perfil sagrado, nem sempre bem aceita por seus senhores, na perspectiva de mantê-los cativos, na condição de mercadoria ou força de trabalho gratuita.

Debate ambiental na RMS

Representantes de entidades ambientalistas e organizações da cidadania engajada promovem no dia 24, sexta-feira, das 13h às 18h30min, a Conferência Livre da Sociedade Civil de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.

O encontro vai tratar de quatro principais eixos temáticos: reciclagem e lixo zero; educação ambiental; unidades de conservação; e saneamento básico.

Realizado com apoio de 11 organizações civis, a conferência exclusivamente presencial está prevista para o Instituto Arborize, sito à rua do Migrante, no centro de Camaçari.

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