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Tempo Presente

Por Levi Vasconcelos | [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 08 de julho de 2017 às 12:42 h | Autor:

Temer quase caindo e Maia quase subindo

Com a recente viagem de Temer, Maia ocupa interinamente a Presidência da República
Com a recente viagem de Temer, Maia ocupa interinamente a Presidência da República -

Com a instabilidade estratosférica da política brasileira, nada tão oportuno como relembrar aquela velha frase do Magalhães Pinto, ex-governador mineiro: 'Política é como a nuvem, você olha está de um jeito, daqui a pouco olha de novo e está de outro'.

Semana passada Michel Temer parecia ter ganhado um alento com a liberação de Aécio Neves e a soltura de Rocha Loures. Segunda, recebeu a prisão de Geddel e atordoou.

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Avalia-se que Temer perdeu a governabilidade. É uma pancada atrás da outra. E vêm aí as delações do doleiro Lúcio Funaro, operador de Eduardo Cunha, e do próprio Cunha, o xeque-mate.

Não é à toa que Rodrigo Maia (DEM-RJ) evitou assumir a presidência agora. Correu para o Uruguai. Diz-se em Brasília que, mesmo se Temer conseguir os 173 votos que evitem a liberação do processo a partir da denúncia de Rodrigo Janot, estará com a base aos frangalhos. E não aguentaria outra pancada.

Banda baiana — No link baiano da questão, veja no que dá: Temer, com apoio de ACM Neto e cia., vibrou com a derrubada de Dilma. Saiu pela culatra. De quebra, esbagaçou o senador Aécio Neves, vestal da oposição.

Rui Costa, que chorou a queda de Dilma, gostou de ver Temer esborrachar-se.

Se Temer cair, sobe Rodrigo Maia, amigo de Neto. Em tese, uma vantagem.

Se a nuvem não mudar de novo.

Efeito Geddel

Amigos de Geddel e outros nem tanto acham que a Justiça extrapolou ao colocar no ar o vídeo dele chorando ao depor.

Os mais chegados acham que Geddel virou bode expiatório para os que querem detonar o governo de Temer.

Se foi isso, deu certo. A pancada foi tão forte que até Temer está zonzo.

Não achamos que o Maia seja a solução para este país. É tão ruim quanto Michel Temer. Trocar seis por meia dúzia

Crise econômica no Brasil não existe. Vocês têm visto os últimos dados

Leão x Nilo

O fato de o deputado Marcelo Nilo (PSL) ter dito nas redes sociais que João Leão é o pior secretário de Rui Costa, atiçou o colega Eduardo Salles (PP), leonino de proa:

– Marcelo Nilo precisa entender que a decisão da maioria absoluta dos parlamentares de escolher um novo presidente da Casa não foi de João Leão ou Otto Alencar, mas sim dos deputados. E era uma mudança necessária.

A ponte anda — E por falar em Leão, ele diz que o ministro dos Transportes, Maurício Quintela, já bateu o martelo e em breve vem a Salvador anunciar a delegação da BR-420, último entrave para o governo fazer a chamada pública do projeto da ponte Salvador-Itaparica e o Sistema Viário do Oeste.

Ou seja, apesar da crise, o governo governa, aos trancos e barrancos.

Velhos tempos

Conta o deputado Benito Gama (PTB) que dias atrás almoçava num restaurante com o ex-senador Rui Bacelar quando ele comentou que deixou a política porque não aguentou a deformação nas campanhas eleitorais.

Dizia que antes se ia ao interior e o líder político ficava muito satisfeito em vê-lo dormir na casa. Hoje, tem que chegar com dinheiro. Ou um emprego para alguém da família dele, no mínimo.

Dois mil e dezoito será eleição atípica. O líder gosta de dinheiro, mas o de cá não tem.

Histórico — Rui Bacelar começou na política em 1963 como vereador em Entre Rios, foi deputado estadual uma vez, federal quatro e senador até 1995, quando pendurou as chuteiras, aos 60 anos. Hoje tem 82.

POUCAS & BOAS

Lula vem a Salvador no próximo mês. Missão: fazer política. Foi convidado pelo presidente do PT baiano, Everaldo Anunciação, e aceitou uma agenda que inclui conversas com movimentos sociais da Bahia e com a juventude.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Voto nulo

Gilberto Brito (PSB), prefeito de Paramirim, reuniu esta semana lideranças dos quatro cantos do município para discutir as prioridades nas estradas vicinais, onde a necessidade era maior de reparar pontes, tapar buracos e por aí vai.

Fim de encontro, uma longa relação de obras, todos foram convidados a votar com urna e tudo. Na vez dele, Gilberto pegou um papel, cravou no mapa do município e falou:

– Eu abraço as causas de todos.

Teve gente que não gostou. Votar em todos é votar nulo.

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