Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > TEMPO PRESENTE
COLUNA

Tempo Presente

Por Da Redação

ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 27 de dezembro de 2023 às 0:00 h • Atualizada em 27/12/2023 às 6:55 | Autor:

Terreiro de Lençóis prestes a ser tombado

Processo foi iniciado em 2007

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
A construção feita toda em tijolo de adobe necessita de reformas
A construção feita toda em tijolo de adobe necessita de reformas -

Após celebrar o cinquentenário do tombamento como Cidade-Patrimônio e o reconhecimento da Festa de Senhor dos Passos na condição de patrimônio imaterial, o município de Lençóis está prestes a uma nova conquista.

Agora, é o Terreiro de Jarê Palácio de Ogum e Caboclo "Sete Serra" a ser tombado, encerrando um processo iniciado em 2007, por iniciativa de Sandoval Amorim, filho do fundador do estabelecimento religioso, Pedro de Laura.

A construção, feita toda em tijolo de adobe, um dos mais antigos materiais de construção do mundo, porém vulnerável à umidade, necessita de reformas constantes, como vem sendo feito agora, conforme informou Sandoval Amorim.

"Vamos construir uma cozinha fora da edificação a ser tombada, com mais de 20 cômodos, além de recuperar paredes rachadas, só aguardando a data da solenidade de tombamento”, afirma o herdeiro do jarê.

De acordo com pesquisadores de universidades interessadas em contribuir com a preservação da memória, os tijolos de adobe foram transportados em 1949, na cabeça de adeptos da religião afroindígena e em carroças improvisadas até o local do terreiro, a oito quilômetros do centro de Lençóis.

Poeticamente localizado próximo ao Rio Capivara, em área onde antes a caça era farta e permitida, o terreiro é um dos mais frequentados da Chapada Diamantina e o primeiro da região a ser tombado.

As filhas de santo já ensaiam o “dorosan”, como se chama o coral para chamar os encantados, pela ordem, Ogum, Xangô, Santa Bárbara e Sete Serra, em uma mistura típica do jarê, uma inusitada prática de candomblé nativo desconhecido em outras regiões.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco