Ufba debate violência e política no governo

Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) reúnem-se com colegas de outros estados e lideranças da sociedade civil para debater, no próximo dia 31 de março, próxima quarta-feira, o tema ‘violência e política – a cultura armamentista do governo federal’.
Por conta do necessário distanciamento, única forma de deter a disseminação do coronavírus e sua variante brasileira, o encontro será em formato digital, acessível pelo YouTube, bastando escrever, pelo buscador Google, o título do videodebate.
A iniciativa é do Laboratório de Estudos sobre Crime e Sociedade (Lassos), em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Ufba.
Além de professores da Bahia, estão confirmados os nomes de docentes da Universidade de São Paulo (USP), de Pernambuco e do Rio de Janeiro, bem como de representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O objetivo é compartilhar informações confiáveis acerca da política institucional do Estado brasileiro, favorável à violência, devido ao incentivo à aquisição de armas por parte do cidadão, por meio da legislação, além das narrativas belicosas das autoridades.
Entre as líderes da sociedade civil estão Carolina Ricardo, do Instituto Sou da Paz, de índole pacifista, e Célia Tupinambá, murubixaba da aldeia em Serra do Padeiro, em Olivença, no sul da Bahia.
Depois das saudações de abertura dos trabalhos, pelo professor reitor da Ufba, João Carlos Salles, e pelo professor Waldomiro Silva Filho, junto com a professora Maria Hilda Paraíso, estão previstas duas sessões, uma às 10 horas, outra às 17 deste mesmo dia 31.
“Um deles [dos muitos
erros na pandemia] foi
o não estabelecimento
de uma relação
diplomática com
diversos países que
poderiam colaborar na
crise (...) Ainda está em
tempo de mudar
para salvar vidas”
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, em coletiva ontem sobre a atuação do chanceler Ernesto Araújo
Contas rejeitadas
O Tribunal de Contas dos Municípios rejeitou em sessão virtual ontem as contas do exercício de 2019 das prefeituras de Jequié, Taperoá e Camamu. Em comum, as três administrações descumpriram o limite de gastos com pessoal, de 54%, previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal: em Jequié, o prefeito Luiz Sérgio Suzarte Almeida atingiu 62,73%; em Taperoá, Rosival Lopes dos Santos foi ainda mais longe, com 67,48%; em Camamu, Ioná Queiroz Nascimento à frente da prefeitura entre janeiro e junho, registrou 55,67%, e Enoc Souza Silva de julho a dezembro 56,89%. Os gestores, que acumularam outras irregularidades, foram multados e condenados a ressarcimento de valores aos cofres públicos. Cabe recurso às decisões.
Marta pede auditoria
Líder da oposição na Câmara de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT) requereu à Câmara Municipal ontem que seja realizado um pedido oficial ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) de auditoria nas contas do transporte público urbano e das empresas que prestam o serviço ao município. Para Marta, a falta de transparência em relação à demonstração contábil das empresas de ônibus ocorre há muitos anos.
– Precisamos conhecer e analisar as comunicações das empresas que alegam ao município situação de dificuldades financeiras – justificou a vereadora.
Necessidade da vacina
Somente uma gestão competente do enfrentamento da pandemia poderá salvar vidas e a economia do país, muito embora possa vir a ser tarde demais um ritmo mais veloz de vacinação se ocorrer apenas no segundo semestre, como é mais plausível acreditar.
A avaliação é de representantes dos setores de negócios agrícolas e pecuária, após a realização do seminário online ‘Desafios para o Brasil pós-pandemia’, em uma tentativa de lançar luzes para um futuro mais auspicioso.
O videodebate transmitido pela internet contou com a participação de representantes do setor produtivo, autoridades e economistas, seguindo como condutor o pressuposto de redução dos prejuízos na maior crise sanitária desde a gripe espanhola de 1918.
Para a superintendente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Fernanda Schwantes, o ritmo de avanço da vacinação e de contenção do contágio da Covid no Brasil, muito abaixo do necessário, e em descompasso com a maioria dos países, dá motivos para admitir um cenário incerto para este ano e 2022.