COMPORTAMENTO
Mito ou verdade: papel higiênico deve ir no vaso sanitário ou no lixo?
Entenda se a prática de jogar papel higiênico na lixeira é considerada ultrapassada ou não
Por Redação

A dúvida sobre o destino correto do papel higiênico voltou a gerar polêmica nas redes sociais: o papel deve ser descartado no vaso sanitário ou na lixeira do banheiro? A resposta, segundo teste feito em um vídeo que viralizou na internet tende a favorecer o vaso sanitário — desde que alguns critérios sejam respeitados.
Mito ou verdade?
A grande maioria dos brasileiros ainda mantém a prática de descartar o papel higiênico na lixeira, principalmente por medo de entupimentos, essa ideia é considerada um mito em locais com sistema de esgoto adequado e tubulações em bom estado.
O teste mostra que o papel higiênico é projetado para se dissolver rapidamente na água, o que torna seu descarte no vaso sanitário seguro e mais higiênico.
O descarte direto no vaso também evita problemas como o mau cheiro e a proliferação de bactérias que ocorrem com o acúmulo de papel usado em lixeiras, mesmo quando se utilizam sacos plásticos.
A resistência está mais ligada também à cultura e à infraestrutura antiga de algumas regiões do país, onde redes de esgoto defasadas realmente dificultam o descarte direto. No entanto, nas grandes cidades e condomínios com sistemas atualizados, a prática já é considerada a mais indicada.
E qual é a verdade?
Apesar do teste e de em lugares como Estados Unidos, Canadá e grande parte da Europa, isso ser tão comum que muitos banheiros nem têm lixeira. No Brasil, a orientação continua sendo usar o cesto de lixo. A justificativa é que jogar o papel no vaso ainda pode causar entupimentos na privada ou na tubulação.
Segundo especialistas entrevistados pelo Guia de Compras, a resposta envolve justamente os dois pontos principais citados: a qualidade do papel higiênico e a infraestrutura da rede de esgoto.
Aqui não há uma exigência específica para que o papel higiênico seja hidrossolúvel.
Ao G1, o engenheiro Fuess detalhou que mesmo entre especialistas, não há uma resposta única sobre a melhor forma de descartar o papel higiênico no Brasil.
“Do ponto de vista sanitário, o melhor, realmente, é jogar o papel na privada”, afirma o engenheiro Fuess. “Pensando no melhor dos mundos, isso evita que quem faz a limpeza tenha contato com fezes e se contamine”, explica.
“Mas, como temos essas limitações no Brasil, o jeito ainda é continuar usando a lixeira ao lado da privada”, lamenta Fuess.
Oito pontos para entender: Vaso ou lixeira?
- A dúvida voltou à tona nas redes sociais: Um vídeo viral reacendeu a discussão sobre onde é mais adequado descartar o papel higiênico: vaso sanitário ou lixeira do banheiro.
- O papel higiênico é feito para se dissolver na água? Testes mostram que fora do Brasil sim e ele se desintegra rapidamente, o que o torna seguro para ser descartado no vaso sanitário — desde que a rede hidráulica esteja em boas condições.
- Descarte no vaso é mais higiênico: Jogar o papel no vaso evita mau cheiro e a proliferação de bactérias associadas ao acúmulo de papel sujo em lixeiras, mesmo com o uso de sacos plásticos.
- A prática de usar a lixeira ainda é comum no Brasil: Por medo de entupimentos, muitos brasileiros seguem usando lixeiras ao lado da privada, um hábito enraizado culturalmente.
- Tudo depende da infraestrutura do imóvel e da rede de esgoto: Em regiões com encanamento antigo ou rede de esgoto precária, o risco de entupimento é real, e o uso da lixeira continua sendo recomendado.
- Em países com saneamento avançado, lixeira nem existe: Nos Estados Unidos, Canadá e grande parte da Europa, é comum que os banheiros não tenham lixeira, e o papel seja sempre descartado no vaso.
- Brasil não exige papel higiênico hidrossolúvel: Diferente de outros países, o Brasil não obriga que o papel higiênico seja totalmente solúvel, o que aumenta o risco de entupimentos dependendo da marca utilizada.
- O que especialistas recomendam no Brasil? Segundo o engenheiro Fuess, do ponto de vista sanitário, o ideal seria descartar o papel no vaso. Mas, na prática, a limitação da infraestrutura brasileira exige cautela.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes