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08/11/2021 às 13:47 - há XX semanas | Autor: Mariana Gomes

CONSCIÊNCIA NEGRA

Memória dos Mártires da Revolta dos Búzios é celebrada hoje em Salvador

A Praça da Piedade, no centro de Salvador, foi o palco da condenação dos mártires da Revolta dos Búzios | Foto: Wikipedia
A Praça da Piedade, no centro de Salvador, foi o palco da condenação dos mártires da Revolta dos Búzios | Foto: Wikipedia -

Nesta segunda-feira, 8, é comemorado o Dia Municipal em Memória dos Mártires dos Búzios, em referência à Revolta dos Búzios, ocorrida em 1798. A data foi incluída no calendário oficial da capital baiana a partir da lei nº 9513/2020, aprovada após PL de autoria da vereadora Marta Rodrigues (PT). Os mártires reconhecidos do movimento, Manuel Faustino, João de Deus, Lucas Dantas e Luís Gonzaga, foram enforcados na Praça da Piedade neste dia há 222 anos.

No imaginário dos baianos, a Revolta dos Búzios – também chamada de Conjuração Baiana - ainda esconde diversos mistérios. Um fato pouco conhecido é que ela representa um marco para a comunicação no Brasil. "Oficialmente a imprensa surge no país em 1808 com a vinda da família real portuguesa, mas 10 anos antes, na revolta dos Búzios pessoas em sua maioria afrobrasileiras se utilizavam de um mecanismo que podemos considerar mídia", explica Jonas Pinheiro, jornalista e doutorando em Comunicação e Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia.

"Na época, a maioria das pessoas negras ainda eram escravizadas, mas através da colagem de boletins sediciosos manuscritos pelas ruas de Salvador, a população foi convocada para o levante. As pessoas alfabetizadas liam os cartazes e o boca a boca chegava a quem não sabia ler", explica Pinheiro em entrevista para o Portal A Tarde.

Nesta segunda-feira, 8, a Câmara Municipal de Salvador realizou uma audiência pública online pela data que marca a morte, no ano de 1799, das lideranças da primeira revolta ocorrida no país com foco na abolição da escravatura, liberdade e justiça social.

A Revolta dos Búzios, ou ainda Revolta dos Alfaiates, é anualmente relembrada pela comunidade negra na Bahia e remonta às lutas por liberdade no período da escravidão. Conforme divulga a Fundação Pedro Calmon, outros onze escravos, seis soldados de tropa paga, cinco alfaiates, três oficiais militares e dois ourives estiveram entre os conspiradores. Também foram condenados um pequeno comerciante, um professor, um cirurgião e um carpinteiro.

O movimento pregava independência da metrópole portuguesa, o fim da escravidão e da discriminação racial, além de propor um governo republicano e democrático. Em novembro, mês da consciência negra, é também lembrada a trajetória de Zumbi dos Palmares, líder do quilombo formado na Serra da Barriga ao fim do século XVI e que perdurou até 1695, um pouco mais de um século antes da revolta dos Búzios.

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