CORONAVÍRUS
Anvisa deve aprovar uso de autotestes de Covid-19
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já deu sinais de que o governo não pretende distribuir gratuitamente
Por Da Redação
O uso de autotestes de Covid-19 no Brasil pode ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta quarta-feira, 19. A decisão é tida como um importante passo para aumentar o controle e a testagem da doença no país.
O pedido de análise foi feito pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira, 13. Os autotestes já são utilizados em diversos países da Europa, mas são proibidos desde 2015 pela Anvisa.
A norma determina que somente uma política pública elaborada dê permissão para que os autotestes sejam distribuídos à população, mas o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deu sinais de que o governo Bolsonaro não pretende investir nos instrumentos de detecção do novo coronavírus.
Ele concordou que os autotestes são importantes para desafogar clínicas, farmácios e unidades de saúde, mas que a distribuição pelo SUS pode não ter o efeito esperado devido aos "contrastes" do Brasil.
"O Brasil é um país muito heterogêneo, de muitos contrastes. A alocação deste recurso para aquisição de autoteste, distribuir para a população em geral, pode não ter resultado da política pública que nós esperamos", disse o ministro no último dia 14.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o presidente-executivo da CBDL (Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial), Carlos Gouvêa disse que os autotestes devem ser mais baratos que exames de antígeno vendidos em farmácia.
"Hoje a gente vê valores de R$ 70 a R$ 150 (de testes de antígeno) nas farmácias. O autoteste deve ficar de R$ 45 a R$ 70", afirma.
Na proposta enviada à Anvisa, o ministério sugere que pacientes que detectaram o vírus pelo autoteste, procurem atendimento em uma unidade de saúde para confirmar o diagnóstico.
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