BALÉ TCA
Balé TCA faz espetáculo ao ar livre no Palácio da Aclamação
Companhia oficial de dança da Bahia comemora 42 anos com obra que ocupa o jardim do Palácio
Por Elis Freire*
Em momento itinerante, o Balé Teatro Castro Alves tem ocupado provisoriamente o Palácio da Aclamação (Campo Grande), onde será apresentado o espetáculo Plantando Jardins, fruto da experiência de construir a coreografia na parte externa do Palácio, o jardim. Em comemoração aos 42 anos de história da companhia oficial de dança da Bahia, a performance interativa, dirigida por Daniela Guimarães, será apresentada em três sessões gratuitas hoje, amanhã e domingo, a partir das 16h.
“A obra vem desse contexto de estarmos itinerantes e da necessidade de construir arte e dança por onde a gente passa. É sobre estarmos podendo criar e fazer desse espaço um lugar de trabalho ”, explicou Daniela, nova diretora artística da companhia. “Inspiro-me neste momento para exercitar a capacidade intuitiva de renovação e mudança, sem perder o foco de um breve retorno. Nós, BTCA, somos um corpo itinerante que se lança no espaço, explorando vários aspectos, e itinerante geograficamente também, na medida que parados não podemos ficar”, completou Konstanze Mello, bailarina do BTCA desde sua fundação e parte do elenco de Plantando Jardins.
Com assistência coreográfica de Anna Paula Drehmer e Ticiana Garrido, Plantando Jardins traz a simplicidade da relação cotidiana com o outro e com o tempo, por meio de uma dança contemporânea que contempla solos de cada um dos artistas. O tempero da improvisação também está presente para mostrar a individualidade dos integrantes, contando com bailarinos de diversas gerações e estilos. “A preparação tem como base a improvisação guiada, dirigida por nossa mais nova diretora artística, Daniela Guimarães. As aulas são direcionadas para o trabalho, jogos práticos, criação individual e outras vezes em duos, trios, quartetos etc”, explicou a bailarina.
A partir de diversos ângulos do jardim, o público poderá observar os 20 bailarinos e interagir sensorialmente com o espaço e os personagens. “A ideia de construir essa obra / instalação é de um encontro no jardim. A coreografia tem uma relação muito íntima com a arquitetura e com o espaço do jardim do Palácio. A gente brincou muito, construindo jogos coreográficos no espaço, com encontros e trocas entre as pessoas, em que vão nascendo danças e personagens, que habitam e passam pelo jardim”, disse Daniela, que além de diretora artística é bailarina, cineasta e professora da Escola de Dança da UFBA.
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