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BALÉ TCA

Balé TCA faz espetáculo ao ar livre no Palácio da Aclamação

Companhia oficial de dança da Bahia comemora 42 anos com obra que ocupa o jardim do Palácio

Por Elis Freire*

31/03/2023 - 7:00 h
A partir de diversos ângulos do jardim do Palácio da Aclamação, o público pode observar os 20 bailarinos e interagir sensorialmente com o espaço e personagens
A partir de diversos ângulos do jardim do Palácio da Aclamação, o público pode observar os 20 bailarinos e interagir sensorialmente com o espaço e personagens -

Em momento itinerante, o Balé Teatro Castro Alves tem ocupado provisoriamente o Palácio da Aclamação (Campo Grande), onde será apresentado o espetáculo Plantando Jardins, fruto da experiência de construir a coreografia na parte externa do Palácio, o jardim. Em comemoração aos 42 anos de história da companhia oficial de dança da Bahia, a performance interativa, dirigida por Daniela Guimarães, será apresentada em três sessões gratuitas hoje, amanhã e domingo, a partir das 16h.

“A obra vem desse contexto de estarmos itinerantes e da necessidade de construir arte e dança por onde a gente passa. É sobre estarmos podendo criar e fazer desse espaço um lugar de trabalho ”, explicou Daniela, nova diretora artística da companhia. “Inspiro-me neste momento para exercitar a capacidade intuitiva de renovação e mudança, sem perder o foco de um breve retorno. Nós, BTCA, somos um corpo itinerante que se lança no espaço, explorando vários aspectos, e itinerante geograficamente também, na medida que parados não podemos ficar”, completou Konstanze Mello, bailarina do BTCA desde sua fundação e parte do elenco de Plantando Jardins.

Com assistência coreográfica de Anna Paula Drehmer e Ticiana Garrido, Plantando Jardins traz a simplicidade da relação cotidiana com o outro e com o tempo, por meio de uma dança contemporânea que contempla solos de cada um dos artistas. O tempero da improvisação também está presente para mostrar a individualidade dos integrantes, contando com bailarinos de diversas gerações e estilos. “A preparação tem como base a improvisação guiada, dirigida por nossa mais nova diretora artística, Daniela Guimarães. As aulas são direcionadas para o trabalho, jogos práticos, criação individual e outras vezes em duos, trios, quartetos etc”, explicou a bailarina.

A partir de diversos ângulos do jardim, o público poderá observar os 20 bailarinos e interagir sensorialmente com o espaço e os personagens. “A ideia de construir essa obra / instalação é de um encontro no jardim. A coreografia tem uma relação muito íntima com a arquitetura e com o espaço do jardim do Palácio. A gente brincou muito, construindo jogos coreográficos no espaço, com encontros e trocas entre as pessoas, em que vão nascendo danças e personagens, que habitam e passam pelo jardim”, disse Daniela, que além de diretora artística é bailarina, cineasta e professora da Escola de Dança da UFBA.

Dança, fotografia e música
O espetáculo nasceu de um laboratório de fotografias realizado com os bailarinos no espaço do jardim do Palácio da Aclamação, onde cada um pode explorar essa linguagem para retratar suas próprias memórias e a memória do espaço histórico, localizado no centro de Salvador. Ao final da performance, o público poderá levar um pedacinho do registro desse local para casa.
O acompanhamento musical do espetáculo também mistura diversas linguagens. Com músicos tocando ao vivo e também trilha eletrônica, o Balé Teatro Castro Alves pretende construir uma imersão para o público. “A obra tem um caráter sensorial. As pessoas não são só espectadoras, mas também são convocadas pelo sentido de estar nesse lugar. Estamos mesclando uma trilha eletrônica com uma trilha construída ao vivo, além dos sons da cidade, da rua, dos pássaros, das conversas no Passeio Público”, ressaltou Daniela.
Resistência cultural
Com um trabalho de troca cultural com a sociedade, o BTCA, companhia pública ligada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, faz aniversário amanhã (1º de abril). Plantando Jardins é uma obra para homenagear a história do grupo e as possibilidades da dança daqui para frente.
“A gente está em um momento em que fortalecer a resistência da cultura e das linguagens artísticas, sobretudo a dança, é um motivo para comemorar esses 42 anos de história. A companhia representa essa resistência, mas também a esperança, em um momento de renascimento da cultura do país. Com uma produção ininterrupta e sempre se renovando, o BTCA sempre teve uma relação necessária de troca com a sociedade”, ressaltou a diretora.
“O BTCA é importante para a divulgação de nossa cultura e identidade pela cidade, pelo interior do Estado, pelo território nacional e internacional. Também para o reconhecimento e profissionalização da carreira de artista da dança”, completou Konstanze.
Neste mês de março, o Balé retomou suas aulas abertas ao público e o trabalho de visitação de escolas de Dança, para manter sua história de atuação viva. O trabalho com multilinguagens, como a fotografia e o cinema também tem sido um foco da companhia: o Balé estrelou o filme Um Concerto para o Guarda-Roupa e um Abraço no Tempo, em 2020, e, em 2021, celebrando seus 40 anos, o BTCA lançou o longa-metragem A Cidade que Habita em Mim.
*Sob a supervisão do editor Chico Castro Jr.

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Tags:

42 anos Companhia oficial de dança da Bahia jardim do Palácio Resistência cultural

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