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CULTURA

Bienal do Livro Bahia será maior em 2026 e terá foco na identidade baiana

Tema do evento foi revelada na noite de ontem durante coletiva de imprensa

Artur Soares | Portal Massa!

Por Artur Soares | Portal Massa!

18/09/2025 - 23:19 h
Coletiva da Bienal do Livro Bahia
Coletiva da Bienal do Livro Bahia -

A Bienal está oficialmente entre nós. Na noite de ontem, 18, a Bienal do Livro Bahia revelou novidades da próxima edição por meio de uma coletiva de imprensa. O evento foi voltado para convidados e ocorreu no restaurante Bocado, localizado no Centro de Convenções Salvador. Dentre as informações divulgadas estava o tema da edição, que será "Identidade que Ecoa nos Quatro Cantos do Mundo"

A próxima edição da Bienal acontece de 15 à 21 de abril de 2026. A grande novidade da nova edição é sua duração maior. Anteriormente prevista para ocorrer durante seis dias, a Bienal do Livro Bahia agora terá um dia a mais em sua programação. A escolha de expandir o cronograma foi pensada principalmente para o público infantojuvenil.

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"A gente teve um sucesso de público muito grande, uma procura muito grande também da visitação escolar, que é um programa no qual a gente acredita muito. Para atender essa demanda, a gente precisava de um dia a mais de evento", explicou Tatiana Zaccaro, diretora geral da GL Events Brasil, empresa responsável pela realização da Bienal do Livro Bahia, em entrevista ao MASSA!.

Na edição do ano passado, mais de 100 mil pessoas frequentaram o evento ao longo de seis dias. Uma grande fatia desse público era de jovens tendo seu primeiro contato com a leitura. "Apesar da Bienal ser um evento em que uma das principais características é falar com todos os públicos, a gente tem cada vez mais um volume de um público adolescente e pré-adolescente", acrescentou.

Tatiana revelou que um dos focos dessa edição será explorar a literatura em outras mídias. O evento vai mostrar como a história dos livros não se limitam apenas às páginas. "A gente vem muito focado em mostrar para o público uma transversalidade das mídias. Muitas vezes vocês consomem as histórias de uma outra forma, seja uma série que veio de um livro, seja um boardgame", detalhou.

A coletiva também anunciou quais serão os curadores da próxima Bienal. A equipe será formada por Joselia Aguiar, Aldri Anunciação, Mira Silva, Deco Lipe e Maíra Azevedo, mais conhecida como Tia Má. Participando da Bienal desde 2013, Joselia conta que o foco dos curadores é construir um evento que seja profundo em seus temas, mas também acessível para qualquer um.

"Temos o mesmo tipo de cuidado, de ter discussões importantes, mas ao mesmo tempo atraentes para todos os tipos de pessoas. A gente quer que sejam coisas importantes, interessantes, mas que não afastem quem não é especialista", afirmou a escritora.

A programação da nova edição ainda não está completa, mas nomes como João Reis, Pilar Del Rio e Paloma Matos já estão confirmados como atrações. "A gente começou a fazer convites. Estamos pensando em como a Bahia chega para o mundo, como a Bahia se relaciona com o Mundo", completou Joselia.

Um dos convidados presentes na noite foi o secretário de cultura do estado, Bruno Monteiro, que falou sobre os desafios enfrentados pela literatura no Nordeste. "O desafio que nós temos é mostrar que a tecnologia e esses avanços que tivemos, das pessoas procurarem muitas vezes a inteligência artificial ou a rapidez de uma informação acessada na palma da mão, não é concorrente com um livro, com seu potencial, com o aprofundamento histórico de conteúdo que ele traz. O que nós queremos sempre é mostrar que uma coisa não compete com a outra", declarou.

Coletiva da Bienal do Livro Bahia
Coletiva da Bienal do Livro Bahia | Foto: Raphael Muller / Ag. A TARDE

O secretário destacou o papel da Bahia Literária, política do Governo do Estado com foco no fomento à literatura, para a realização de eventos como a Bienal do Livro. "A política do Bahia Literária hoje realiza feiras literárias em todo o estado, apoia uma Bienal como essa, valoriza toda a produção literária feita pelos estudantes, o mercado editorial baino", enfatizou.

Ao fim do evento, o público pôde se emocionar com a performance da atriz Maria Gal. A artista deu um breve vislumbre de seu papel como Carolina Maria de Jesus, escritora negra que vai ganhar uma cinebiografia estrelada por Maria e com previsão de lançamento para o fim de 2026. Todos se levantaram ao fim da apresentação para aplaudir a atriz, atestando a potência da sua performance e da história de Carolina Maria.

"Estamos falando de uma das autoras mais importantes da literatura brasileira, traduzida para mais de 40 países, uma mulher que estava muito a frente de seu tempo", afirmou a atriz.

Em 2026, data em que completa 49 anos da morte de Carolina Maria, a escola de samba Unidos da Tijuca terá um samba-enredo homenageando a autora. Para Maria Gal, esse é um movimento de resgate de uma mulher que foi historicamente apagada. "Ela estava nesse lugar da escrita, em que se tem o pensamento de que era algo só para a elite. Ela era uma mulher que estava tanto a frente do tempo que seus escritos ainda são estudados nas universidades", acrescentou.

Por ser uma mulher negra que traça uma caminhada artística, a atriz enxerga muitas semelhanças entre sua história e a da escritora. Para ela, o Brasil ainda tem muito o que mudar no que diz respeito à representatividade. "Obviamente que a gente sabe que o audiovisual de hoje mudou, ele não mudou tanto quando deveria, já que a gente tá falando de um país em que 56% da população brasileira ainda é pouco vista na televisão, no protagonismo, no cinema."

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