Cantor Miller lamenta cancelamento do carnaval pelo segundo ano | A TARDE
Atarde > Cultura

Cantor Miller lamenta cancelamento do carnaval pelo segundo ano

A festa foi cancelada mais uma vez diante do aumento de casos da Covid-19 e de uma epidemia de gripe

Publicado terça-feira, 15 de fevereiro de 2022 às 18:08 h | Atualizado em 15/02/2022, 18:10 | Autor: Da Redação
Cantor diz compreender decisão, mas lamenta
Cantor diz compreender decisão, mas lamenta -

O cantor e compositor Miller Ramos, ex-vocalista da banda Paparicco, lamentou mais um ano sem carnaval na Bahia em função da pandemia da Covid-19. A festa foi cancelada pelo segundo ano consecutivo diante do aumento de casos e mortes, impulsionado pela variante Ômicron, e o cancelamento foi reforçado recentemente por um decreto estadual, proibindo festas de rua até o dia 2 de março.

“Ficar mais um ano sem carnaval acaba nos impactando de um modo afetivo e também financeiro. Como todos sabem, o carnaval é um período muito importante para todos que vivem da música e para todos os trabalhadores da indústria do carnaval. No entanto, compreendo que em função da Covid-19 ainda não é o momento de retornar com uma festa tão grandiosa como o carnaval”, disse o cantor.

Nos últimos meses, empresários ligados ao carnaval pressionaram prefeitura e governo a liberar a realização da festa nas ruas da cidade. Em novembro do ano passado, um grupo chegou a fazer um protesto no Farol da Barra em defesa da folia. Porém, diante do agravamento da pandemia e da chegada de uma epidemia do vírus Influenza, do subtipo H3N2, as manifestações não surtiram efeito.

“Na verdade, a nossa relação com o carnaval é algo inexplicável. Seja como folião ou como artista, esperamos um ano inteiro para curtir a maior festa de rua do mundo. E, apesar de entender a importância de medidas de controle e combate ao coronavírus, a suspensão da festa pelo segundo ano, deixa um vazio”, lamentou Miller.

Segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), no ano passado, R$ 1,7 bilhão deixou de circular em Salvador sem o carnaval. O cancelamento atingiu cerca de 60 mil trabalhadores envolvidos com a festa.

“O povo baiano e os turistas que passam por aqui, tem uma forte conexão com a música. Com isso, sigo levando muita diversão às casas de shows de Salvador e Região Metropolitana. Em dezembro, lancei meu CD que foi produzido no Espaço D+ Bar, onde acontecem nossos ensaios todos os domingos seguindo todos os protocolos de segurança sanitária de prevenção à Covid”, concluiu o cantor e compositor.

Publicações relacionadas