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UM DOCE DEGUSTAR

Cantor Portella Açúcar lança o EP ‘Mayday in Bahia’

reafirma sua identidade baiana em um projeto inovador Cantor reafirma sua identidade baiana em um projeto inovador

Por Gláucia Campos*

02/01/2025 - 5:00 h
Imagem ilustrativa da imagem Cantor Portella Açúcar lança o EP ‘Mayday in Bahia’
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Com uma mistura vibrante de axé, rock e outros ritmos, Portella Açúcar, artista icônico da cena cultural de Salvador, lança seu primeiro EP Mayday in Bahia. O projeto reúne oito canções que refletem a diversidade sonora e a essência de um artista que se afirma essencialmente baiano.

Portella, que já integrou o Cortejo Afro, o Balé Folclórico da Bahia e o Bando de Teatro Olodum, é uma figura carismática que traduz a pluralidade e a magia da cidade de Salvador.

Ao lado de parceiros como Vinícius Passarinho, diretor musical do EP, Portella transformou o espaço da ABOCA em um verdadeiro laboratório criativo, expandindo os limites do palco. “Aqui, até quem trabalha fora do palco também é artista”, destacou ele.

O EP Mayday in Bahia é fruto de uma produção coletiva, que Portella descreve como um encontro de talentos.

“Trabalhar com essa diversidade para criar uma identidade foi um desafio, mas também algo natural. É a nossa música tipo exportação, a melhor música que podemos fazer”, explicou o artista.

O projeto conta com a direção musical de Vinícius Passarinho, Marcelo Brasil e Thiago Lira, arranjos de Marcelo Brasil, Thiago Rosa e Marcio de Oliveira. Além das participações de Aloísio Menezes, Veko Araújo, Silvio Neto, Vinícius Passarinho, Daniel Lima e Dyego Michael nas canções.

Portella Açúcar, ao lado desses artistas, criou um universo sonoro que valoriza a diversidade cultural da Bahia. Segundo ele, as letras e melodias foram moldadas em colaboração com o Coletivo Musical A Outra Banda da ABOCA, integrando até mesmo contribuições de pessoas que atuam nos bastidores da cena cultural local. “Esse coletivo se expandiu além do palco porque até as pessoas que trabalhavam aqui na Boca não deixavam de ser artista”, conta o cantor.

Simbiose Rítmica

Com letras que ora criticam a indústria musical, ora celebram a cultura baiana, Mayday in Bahia é uma declaração de amor e resistência ao que é genuíno. Portella descreve o título de música Tipo Exportação como uma resposta ácida ao cenário atual da música no Brasil.

“É uma crítica para o que tem se ouvido ultimamente, uma resposta à dilatação de produções malfeitas”, afirma.

As letras de Mayday in Bahia exploram desde críticas à indústria musical, até homenagens ao cotidiano baiano e às lutas raciais, enaltecendo o Centro Histórico soteropolitano como palco de conquistas históricas.

Ele também reforça que sua identidade é intrinsecamente baiana, mesmo quando passeia por ritmos como o rock, que não costuma ser associado aos baianos.

Portella discorda, para ele sua terra natal também é rock ’n’ roll, ressaltando nomes como Raul Seixas e a banda Camisa de Vênus. “A identidade no EP é a identidade da Bahia. As pessoas esquecem que tudo isso é Bahia, do axé ao rock. Isso é natural para nós”, resumiu o artista.

Entre as faixas, o artista destaca a história de Esse Menino, uma composição de Portella e Vinícius Passarinho. A música é dedicada a um menino autista que se apaixonou pelo artista e recebeu um clipe especial disponível no YouTube.

“Essa canção é um presente e uma brincadeira carinhosa, porque sempre foi apelidado de Menino B0b0. Foi um momento muito especial para mim”, relembrou.

O centro

A escolha do título do EP é, segundo Portella, um reflexo de sua trajetória e identidade. “Mayday em inglês é um pedido de socorro, mas aqui também é uma saudação. É sobre me encontrar e mostrar ao mundo que eu sou Bahia, assim como Raul Seixas, Camisa de Vênus, Caetano Veloso e Gilberto Gil”, afirmou.

“O trabalho não foi a coisa mais fácil do mundo, a gente sabe juntar, fizemos a química. Botou a minha química com a química de Passarinho, ou seja, só faltava uma direção. Por isso que eu estava perdido com meu barco. Eu vim em canoa, porque é Mayday, graças a Deus, alguém me colocou no prumo e estamos no caminho certo. Então a junção de ritmos baianos é natural”, acrescentou o artista.

Portella faz questão de destacar a todo momento a importância do Centro Histórico de Salvador em sua vida e obra, não se limita a apresentar canções: ele convida o público a viver a energia e a magia do local. Sua arte, impregnada pelo espírito de Jorge Amado e pelas pedras históricas do centro soteropolitano, traduz o que há de mais autêntico na Bahia.

Como ele próprio descreve, “Pelourinho é o palco da cultura mundial, retrato de muitas lutas e conquistas raciais, essa poesia é minha”.

Além do palco

O lançamento de Mayday in Bahia, no início de dezembro, foi um evento à altura do carisma de Portella Açúcar.

O público já deu uma amostra da recepção calorosa que o artista inspira. “Foi um escândalo, lotado! As pessoas me degustam, me absorvem. É vida!”, declarou Portella, destacando a interação única com os fãs.

Além de apresentar o EP, Portella já planeja novos projetos, incluindo um álbum que unirá sátiras e reflexões sobre o amor. “Aguardem As Meretrizes e o Pastor!”, brincou.

Portella Açúcar é mais do que um artista; é uma verdadeira simbiose rítmica que personifica a cultura baiana em suas múltiplas formas.

Ao longo de sua trajetória, participou de instituições icônicas como o Coral de São Bento e o Cortejo Afro, além de fundar o coletivo A Outra Banda da ABOCA, ao lado de Vinícius Passarinho.

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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